Por Reginaldo A. de Paiva – Plano cicloviário de São Paulo (Uma análise do plano de 2017)

Por REGINALDO A. DE PAIVA*

ESTRUTURA BÁSICA DE UM PLANO CICLOVIÁRIO URBANO

Capítulos Básicos a serem considerados em um Plano Cicloviário:
1. Rede cicloviária
Diretrizes para a construção de uma rede cicloviária:
– Coerência
– Rotas diretas
– Conforto
– Atratividade
Ciclovias, ciclofaixas, vias e calçadas de tráfego compartilhado com bicicletas compõem a rede cicloviária. Todas as ruas devem ser adequadas à circulação de bicicletas, disponham ou não de sistemas de ciclovias, ciclofaixas ou sinalização especializada para bicicletas (bicycle-friendly streets).

2. Estacionamentos nos pontos de atração de viagens de bicicleta, visando tanto estacionamentos em curto espaço de tempo (em geral duas horas) e em longos períodos (nos estacionamentos das estações ferroviários o tempo médio de permanência das bicicletas é de 11 horas). Segurança, atratividade e manejo confortável das bicicletas devem ser considerados nos projetos destes estacionamentos. Em São Paulo os estacionamentos em áreas abertas, sem vigilância são nomeados por paraciclos e os estacionamentos em áreas fechadas por bicicletários. Vigilância permanente, controle das entradas e saídas dos bicicletários são indispensáveis para adequar os bicicletários dos padrões de atratividade e segurança requeridos à uma operação eficiente.

3. Educação com foco em todos os usuários do sistema viário, ciclistas, motoristas, motoqueiros e público em geral. Recomenda-se que os programas educativos e os projetos cicloviários considerem os ciclistas segundo três categorias: experientes, iniciantes e crianças.

4. Legislação e Estatísticas de acidentes. São Paulo ainda não dispõe de um sistema que considere tanto uma forma sistemática de registro de acidentes com bicicletas e de formas de correção dos pontos de insegurança viária. A maior parte dos estudos baseiam-se nos casos de acidentes fatais, nem sempre detectando as áreas mais inseguras para o trânsito de bicicletas.

5. Marketing e promoção de saúde.

6. Bicicletas de carga. O aumento do uso urbano de bicicletas de carga, principalmente nas regiões que abrigam grande número de estabelecimentos comerciais (bares, restaurantes e escritórios), reclama por uma análise mais abrangente, seja para o estabelecimento de programas que visem a segurança dos ciclistas, seja para a estruturação de um programa de incentivo à sua utilização como forma de melhor atender à população que utiliza os serviços deste modo de transporte.

Clique e leia o artigo completo

_______________________________________________________________________

REGINALDO A. DE PAIVA*

Diretor secretário da Diretoria Executiva (2014/2015); representante do Instituto de Engenharia na Comissão Pré-Centro e na Operação Urbana Águas Espraiadas e na Comissão Licitatória de Concessões Rodoviárias (Secretaria de Estado dos Transportes); membro do Conselho Editorial da Revista Engenharia.

*Os artigos publicados com assinatura, não traduzem necessariamente a opinião do Instituto de Engenharia. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.