Apesar das dificuldades que a pandemia provocou na logística do país no ano passado, o transporte de insumos siderúrgicos por ferrovias cresceu no trecho da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), administrada pela VLI.
Foram transportadas 7,52 milhões de toneladas em 2020, ante 7,26 milhões em 2019, o que representa um crescimento de 3,64%. É um aumento tímido, mas devem ser levados em conta os problemas provocados pela pandemia da Covid-19, que restringiu a circulação de pessoas e provocou mudanças nas operações de indústrias do setor.
De acordo com dados da FCA, nos últimos cinco anos foram transportadas 37,73 milhões de toneladas de materiais siderúrgicos na malha ferroviária da empresa, que incluem areia, calcário, cimento, clínquer, contêineres, coque, escória, ferro gusa, granito e minérios.
Por meio do corredor centro-leste, que recorta a Grande BH e o centro-oeste mineiro, ele atende, de acordo com a concessionária, demandas da indústria siderúrgica e a exportação de grãos pelo complexo de Tubarão, localizado em Vitória (ES).
O crescimento no transporte ferroviário de cargas foi registrado também no Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita), na Baixada Santista, onde o total de cargas movimentadas teve alta de 16,3% em 2020, em comparação com o ano anterior, e no corredor centro-norte (Maranhão e Tocantins).
Administrado pela VLI, o terminal em Santos teve aumento sustentado pelo transporte de grãos e açúcar pelas ferrovias e movimentou 12,6 milhões de toneladas.
No caso da FCA, a logística de transporte dos insumos siderúrgicos é sustentada pelos terminais de Ouro Preto e Santa Luzia, ambos em Minas Gerais.
O Santa Luzia atua como centro para distribuir produtos siderúrgicos acabados e minério de ferro na Grande BH, interior de Minas Gerais e São Paulo e Sul do país, enquanto o Ouro Preto tem como objetivo escoar os produtos siderúrgicos do Vale do Aço mineiro para os mercados de Rio de Janeiro e São Paulo.
O balanço operacional de 2020 da concessionária mostra que o total transportado chegou a 39,55 milhões de toneladas, incluindo produtos do agronegócio e outros setores, ante 36,04 milhões de 2019, o que representa 9,8% de alta no período. Um estudo do Instituto de Engenharia, aliás, indica a necessidade de unir ferrovia com o agro para o desenvolvimento do país.
A receita líquida da FCA saltou de R$ 2,41 bilhões, em 2019, para 2,68 bilhões no ano passado, 11% a mais.
A concessionária tem mais de 60 clientes ligados ao agronegócio, siderurgia, construção e industrializados, com e conexões entre as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país.