Certamente, o cenário das cidades brasileiras não pode permanecer igual pós pandemia. Veja o que é preciso mudar quanto à mobilidade urbana!
Uma coisa que a pandemia em 2020 nos provou é que o futuro é incerto! A Covid 19 passou por todo mundo deixando marcas significativas. Mas, apesar de tudo, temos a chance de tirar boas lições desta difícil experiência! Uma delas é que devemos repensar os modelos urbanos que são implantados no nosso país – sobretudo visando impedir a disseminação de novas doenças e abrir o gargalo do trânsito das grandes cidades, algo que tanto atrapalha o desenvolvimento do nosso país.
“E o importante é transformar o tempo de crise em tempo de oportunidade. O mundo conectado e com uma causa comum irá alterar, definitivamente, o nosso valor à vida e para melhor.” – disse o filósofo e historiador Leandro Karnal, em reportagem de São Paulo São.
Por que é fundamental repensar na mobilidade urbana das cidades brasileiras?
Não é novidade alguma que as pessoas não estão insatisfeitas com a atual situação da mobilidade urbana da maior parte das cidades brasileiras. Durante a quarentena, muita gente teve que se adaptar à uma rotina de home office e, assim sendo, pôde fugir dos engarrafamentos. Mas e passada a Covid 19? Sabe-se que estes modelos urbanos já estão saturados, e que, provavelmente, devem voltar à apresentar os mesmos graves problemas depois da pandemia!
É o caso de projetistas e gestores já começarem a pensar, desde já, em mudanças de pensamentos e ações mais válidas!
“O momento atual é uma oportunidade para as cidades repensarem suas redes de infraestrutura de micromobilidade, não somente a elétrica, mas também, o deslocamento a pé, de bicicleta e por outros meios. Podemos sair dessa pandemia repensando nossa matriz de mobilidade e a nossa matriz energética para possibilitar a mobilidade.”
– disse a arquiteta e urbanista Hannah Arcuschi, em reportagem de CAU-MT.
Muitas das decisões de projetos urbanos são justamente tomadas pensando nesta mobilidade das pessoas nas malha das cidades. São os seus hábitos que definirão tudo! Portanto, depois da pandemia, é provável que todos voltem às ruas e mudanças precisem ser feitas!
É correto lembrar que nada será igual depois da pandemia de 2020! Sabemos agora que estamos mais vulneráveis aos acontecimentos do que pensávamos. Precisamos ser resilientes e nos anteciparmos com planos melhores!
O que é preciso mudar nos projetos urbanos do Brasil?
Talvez a lista de coisas que precisem mudar nas malhas urbanas das cidades brasileiras seja extensa. Porém, podemos começar depois da pandemia com o básico! Primeiro, reorganizando o fluxo de pessoas, para evitar aglomerações desnecessárias. E é preciso também incentivar mais o uso de bicicletas com a construção de mais ciclovias – alternativa de locomoção limpa, sem emitir poluição.
Nunca é demais prever áreas verdes, principalmente em zonas residenciais. Já em áreas comerciais, pontos para estacionamento de veículos de carga, sem atrapalhar o trânsito local – ressaltando que, com a pandemia, muitas pessoas passaram a solicitar produtos e serviços via internet! Por fim, prever equipamentos urbanos conectados à plataformas digitais que ajudem as pessoas a acompanharem rotas de ônibus e trens, além do número de passageiros embarcados em cada linha.
Qual o modelo urbano perfeito para um mundo pós pandemia?
Como seria a cidade perfeita para você?
Pós pandemia, o ideal seria termos um Brasil mais verde, com ruas repletas de árvores, ajudando na limpeza do ar e na diminuição os “bolsões de calor” entre as edificações. Cidades brasileiras com calçadas mais amplas e ruas fechadas para os carros aos finais de semana, liberadas para caminhadas. Com mais pontos de equipamentos de exercício público. E bairros novos planejados com a instalação de escolas e outros serviços básicos – sobretudo postos de saúde – em áreas estratégicas nas proximidades.
Renomados urbanistas – como o arquiteto dinamarquês Jan Ghel – defendem que todas cidades ao redor do mundo – em maior ou menor grau – precisam passar por delicadas transformações urbanísticas! Mas só um bons planejamentos urbanos e tomadas de decisões através do poder público é que deve tornar isto possível!