Se você já se questionou alguma vez sobre fazer outra graduação em engenharia ou uma pós, seja por vontade de conhecer outra área ou para ter o título, mas ficou em dúvida sobre qual seria melhor, pode ficar tranquilo. Neste texto, nós explicamos como fazer para obter outro título em engenharia, comparamos as vantagens e desvantagens de fazer outra graduação e de fazer uma pós e mais. Confira!
+ Como fazer para obter outro título em engenharia?
Infelizmente, a resposta para essa pergunta é decepcionante: para obter outro título em engenharia, você precisa voltar para a faculdade e cursar outra engenharia. Mas, vale ressaltar que o percurso é mais fácil. Você pode entrar por obtenção de novo título e pode aproveitar as disciplinas já cursadas (se forem compatíveis).
No caso de aproveitamento das disciplinas já cursadas, isso te livra de boa parte das matérias do ciclo básico. Porém, é preciso ficar atento quanto a grade curricular dos cursos e das faculdades que você escolher. Nem sempre a carga horária ou a ementa são compatíveis e, em alguns casos, é preciso fazer algumas matérias que você já está familiarizado. Então, se o objetivo é aproveitar o máximo possível, confira esses detalhes antes de ingressar em um novo curso.
Porém, se o objetivo é ampliar o registro no CREA, pode comemorar: desde 2016, com a Resolução 1.073, é possível ampliar o escopo profissional por meio de uma pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado). É preciso que o CREA analise o caso, considerando o currículo e o projeto pedagógico do curso, mas a resolução desatou uma grande crítica que era feita ao Conselho.
+ Pós-graduação x outra graduação: vantagens e desvantagens
Está é uma dúvida que aflige muita gente. Tem quem sonha em realmente se especializar, então o ideal é fazer uma pós-graduação (lato sensu ou stricto sensu). Porém, se o caso é uma mudança de área, é preciso ponderar as vantagens e desvantagens de cada uma.
+ Pós-graduação
Com relação à pós-graduação, nós já comentamos aqui no Blog da Engenharia sobre qual o momento certo para iniciar. Nela, o conteúdo é mais específico e há um foco maior que na graduação, na qual tudo costuma ser muito geral. Vale ressaltar que alguns registros do CREA, como de engenheiro de segurança do trabalho, são atribuídos a engenheiros ou arquitetos que concluírem o curso de pós-graduação na mesma área (visto que não há uma graduação específica para isso). Neste caso, o jeito é fazer a pós mesmo.
A vantagem é que os horários costumam ser flexíveis e a carga horária é menor. Então, mesmo se você precisar estudar mais para as disciplinas (que podem ser muito mais específicas), poderá conciliar mais facilmente com um trabalho ou outra tarefa. Ainda, na pós, o número de disciplinas por semestre é bem menor que na graduação, sem falar no tempo de duração do curso, que gira em torno de 1 a 2 anos (no caso do mestrado; um doutorado pode durar 4 anos).
Vale destacar que, se seu objetivo é ter um salário maior, é provável que a pós-graduação seja melhor para você. Com maior titulação, seu salário tem mais chance de aumentar do que o de quem tem duas graduações e, consequentemente, continua com o mesmo título.
+ Outra graduação
No caso de outra graduação, talvez seja preciso prestar vestibular novamente ou fazer o famoso ENEM, a não ser que você consiga ingressar por obtenção de novo título. Além disso, com uma carga horária maior que a da pós, outra graduação vai te custar muitas horas assistindo aulas e, consequentemente, mais tempo estudando para o maior número de disciplinas. Assim, uma segunda graduação é indicada para quem quer mudar de área ou obter um novo título.
Também é preciso lembrar que, se você for encarar uma nova graduação, precisará voltar ao banco da faculdade (mesmo se o curso for distância) e estudar, fazer provas, trabalhos e mais naquela loucura básica da graduação. Não que a pós não seja uma loucura, mas, embora não pareça, os ritmos de uma graduação e de uma pós-graduação são bem diferentes.
+ A hora da escolha
Na hora de escolher, é preciso que você pondere sobre o que você almeja em seu futuro. Algumas perguntas básicas podem te ajudar na hora de encontrar a direção: Qual é seu objetivo profissional? Onde você se vê nos próximos anos? Quer aumento de salário? Quer explorar uma nova área? Quer ser especialista em uma área? Quanto tempo disponível você tem?
Se você ainda está em dúvida, pesquise os projetos pedagógicos dos cursos, as grades curriculares, compare horários, preços (no caso de instituições privadas) e, claro, considere, principalmente, o que você realmente tem vontade de fazer. Afinal, é muito importante que você faça aquilo que goste. Caso contrário, embora conhecimento nunca seja demais, será um investimento que não contribuirá tanto para sua realização pessoal. E nunca tenha medo de voltar a estudar ou ache que já está velho demais. Conhecimento não tem idade para ser adquirido.
Fonte Blog da Engenharia