Muito se debate a respeito da superioridade do som do vinil sobre o CD ou as mídias digitais. Tal qualidade superior das bolachas é evidente, mas para além do calor da agulha sobre o sulco – e, consequentemente, do próprio som -, dos graves que só o vinil oferece, da fisicalidade que um LP coloca no som, há um elemento incalculável porém determinante: o amor. Amor pela música, por ouvir música, pela capa do disco, pelo artista e por tudo que aquele objeto representa. Talvez seja por isso que a mais nova revolução no que diz respeito às vitrolas tenha sido batizada de Love.
Os discos são os mesmos, mas Love é realmente uma nova concepção na maneira de tocar os LPs. Ao invés de um prato girar o disco contra uma agulha parada, com Love é a agulha quem gira – o disco permanece estático. Segundo os autores do aparelho, isso diminui o atrito da agulha contra o disco – agredindo muito menos os delicados sulcos do vinil – mas mantém o calor e a qualidade de toda a experiência tradicional. A chamada anuncia Love como a “primeira vitrola inteligente do mundo”.
As maiores atrações, no entanto, são a portabilidade e as possibilidades de controle que o aparelho oferece. Com Love é possível pausar uma música, pular para a próxima ou a anterior através do seu smartphone (o sistema reconhece as faixas e a agulha se move através corpo do aparelho).
Compatível com bluetooth e wi-fi, Love, pelo visto, reúne o melhor da praticidade contemporânea com a aura e a qualidade que o passado oferece. Love vem com o aparelho, duas bases de tamanhos diferentes para os discos, e uma caixa de som – tudo com um elegante e impressionante design.
É fácil concluir que o projeto chamou a atenção do público quando ele é financiado através de um crowdfunding e, faltando 20 dias para a campanha acabar, ele já arrecadou mais de 10 vezes a meta original de 50 mil dólares. O vinil está vivo e muito bem, obrigado – agora a tecnologia é que está correndo atrás para alcançar as velhas bolachas.
Fonte Hypeness