Projetada para haver mais mobilidade em ambientes de espaço reduzido, a cadeira dispensa adaptações em empresas e domicílios
De acordo com o último Censo Demográfico, 45,6 milhões de pessoas declararam ter pelo menos um tipo de deficiência, seja do tipo visual, auditiva, motora ou mental/intelectual. Ainda assim, a superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos de Pessoas com Deficiência (IBDD), Teresa d’Amaral, disse em entrevista à revista Exame que a questão da acessibilidade é a que mais chama a atenção quando se fala em pessoas com deficiência, porque, na maioria dos casos, ocorre desrespeito “a um dos direitos mais básicos, o de ir e vir”. Pensando nisso, os alunos de Engenharia Mecânica da FEI desenvolveram uma cadeira de rodas motorizada, que se adaptará às condições clínicas do seu usuário.
O que é o projeto?
Intitulado EasyMove, o dispositivo oferece rápida locomoção entre cômodos e corredores sem grande esforço físico e também maior mobilidade em ambientes de espaço reduzido através de movimentos rotativos. Dessa forma, será possível que pessoas com necessidades especiais consigam exercer suas atividades sem que haja a exigência de adaptações em locais da empresa ou domicílio para acomodar a utilização de uma cadeira de rodas convencional.
Além do EasyMove, os alunos da FEI também mostraram projetos com foco na melhoria de processos como atracagem de navios de carga e colheita de feijão.
Conavis: é um projeto que tem como objetivo automatizar o processo de atracagem de navios de carga, uma tarefa de alta responsabilidade e que, atualmente, é realizada manualmente por meio de cabos de amarração. A proposta do projeto é trazer benefícios em produtividade, segurança e redução de custos. O projeto contará com o apoio da empresa Brasil Terminal Portuário (BTP), que atua no porto de Santos e tem um grande interesse em investir na otimização do processo.
CUT OFF-ROAD: Pensando nos pequenos e médios produtores de feijão, os alunos desenvolveram um subsistema automatizado de um implemento agrícola colhedor de feijão, a fim de se adaptar às irregularidades do solo para otimizar o processo de colheita de feijão, principalmente no interior de São Paulo que contém solos irregulares. É também uma oportunidade de trazer tecnologia mecânica e de automação ao pequeno e médio agricultor, visando impactar sua produtividade no Brasil.
EasyCrop: É um sistema mecanizado para colheita de melancias, desenvolvido para otimizar esse processo, na grande maioria feito de forma manual, que, além de acarretar em problemas de ergonomia e esforços físicos excessivos ao trabalhador rural, também gera em média 30% de perdas, causados por queda de produto e “baixo” controle de qualidade.
Eco Path: É um estudo que foi desenvolvido para melhorar a qualidade do concreto utilizado para o asfaltamento, bem como otimizar o processo de pavimentação que, ao longo do tempo sofre deterioração e consequentemente gera custo para manutenção. Uma das técnicas utilizadas é a adição de borracha reciclada de pneus no concreto.
ENGREEN: Pensando ecologicamente, o projeto consiste em um aviário de corte sustentável utilizando os resíduos provenientes da avicultura como insumos para geração de energia, que objetivada a economia de energia elétrica por meio de um biodigestor. O sistema transformará os dejetos liberados pelos frangos em gás metano e este convertido em energia elétrica por um gerador, que abastecerá o próprio consumo do aviário. Além disso, o resíduo gerado pelo biodigestor é rico em matéria orgânica, podendo ser utilizado como adubo.
Planex: Pensando nos pequenos produtores de laticínios, os alunos desenvolveram um equipamento modular e móvel destinado à produção e conservação de diversos tipos de queijo. A solução modular dispensaria a estrutura em alvenaria, facilitando mudanças na capacidade produtiva, além de oferecer mobilidade às cooperativas para que desloquem suas instalações, total ou parcialmente de acordo com suas necessidades, utilizando containers disponíveis no mercado, adaptados com o equipamento.
Simum: É uma máquina de limpeza de peças de usinagem que utiliza ar comprimido como alternativa ao processo, causando assim a redução da utilização de água e desengraxastes. A solução, que acima de tudo é sustentável, foi desenvolvida devido a exigência da indústria em relação a limpeza de peças, que passou a ser um processo cada vez mais presente na área, tanto para assegurar que não haja contaminantes nas peças acabadas, quanto para garantir que estes não interfiram nos processos subsequentes aumentando a precisão de fabricação e montagem.
Fonte Segs