Último relatório divulgado pelo Instituto Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) aponta que o desmatamento na Amazônia Legal, área que compreende nove estados brasileiros e corresponde a quase 60% do território brasileiro, atingiu 287 km2 em março de 2018. Para efeito de comparação, neste mesmo mês, em 2015, o desmatamento era de 58 km2, ou seja, ele era cinco vezes menor.
Segundo o levantamento, em relação a março de 2017, considerando somente os alertas a partir de 10 hectares, houve aumento de 249%, quando o desmatamento somou 71 km2.
Os principais responsáveis pela derrubada da floresta foram os estados de Mato Grosso (40%), Roraima (21%), Pará (18%), Amazonas (14%) e Rondônia (7%).
De acordo com o Imazon, 63% do desmatamento registrado ocorreu em terras privadas ou “sob diversos estágios de posse”. O restante das áreas que teve corte raso de floresta aconteceu em assentamos de reforma agrária (33%), unidades de conservação (3%) e terras indígenas (1%).
Já as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 102 km2 em março de 2018. Se comparado ao mesmo período do ano anterior, a degradação é 28% maior.
Os alertas de desmatamento e degradação florestal realizados pelo Imazon são gerados pela plataforma Google Earth Engine (EE), com a utilização de imagens de satélites e mapas digitais. Todavia, os indíces de deflorestamento da Amazônia publicados pelo instituto não são oficiais. O governo só leva em conta os dados elaborados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que frequentemente apresenta números diferentes aos do Imazon. A discrepância nos resultados se dá ao uso de metodologias distintas de avaliação.
Como noticiamos aqui, neste outro post, em janeiro último, o avanço da soja, em áreas de desmatamento na Amazônia, é o maior em cinco anos. O plantio do grão em área devastada cresceu 27,5% em relação à safra anterior, segundo um relatório da Moratória da Soja.
Fonte Conexão Planeta