Fonte Ciclo Vivo
O estado de São Paulo e a administração do município de Sorocaba assinaram um protocolo para ampliar a geração de energia fotovoltaica na cidade. A parceria foi firmada pelo secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, o prefeito de Sorocaba, José Antonio Crespo, e o presidente da Urbes, empresa de transportes da cidade, Luiz Carlos Franchim.
A ideia do projeto é aumentar a geração de energia solar fotovoltaica e a eficiência energética em terminais urbanos. Prédios da prefeitura e áreas públicas também serão beneficiados.
“Este projeto atende as diretrizes de São Paulo no setor energético e visa incentivar o uso de fontes renováveis. A cidade de Sorocaba está de parabéns pela iniciativa pioneira. O exemplo vai inspirar outros municípios do país”, destacou o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.
O primeiro projeto será desenvolvido em dois terminais de ônibus da cidade, o Santo Antônio e o terminal São Paulo. Um grupo técnico, formado por profissionais de três instituições educacionais, já está responsável pela implantação do sistema.
O trabalho prevê a instalação de placas no telhado do terminal Santo Antônio, que fornecerá energia também para o terminal São Paulo. A unidade fotovoltaica terá capacidade instalada de 1.000 quilowatts (kW). O sistema de iluminação atual será trocado nos dois terminais rodoviários por lâmpadas de led, que são mais eficientes.
“Sorocaba só ganha com esta iniciativa municipal. Com isso vamos promover a sustentabilidade ambiental e econômica. A ideia é começarmos este projeto nos terminais e depois expandir para outros prédios públicos”, afirmou o prefeito José Crespo.
A partir da instalação do grupo de trabalho, os técnicos irão desenvolver o projeto e definir o valor de investimento. Os custos serão abatidos com recursos próprios da prefeitura, da Urbes, além de financiamentos específicos para a atividade.
“Vamos utilizar energia solar, que é uma fonte inesgotável e limpa, em prol da sustentabilidade, em nossos terminais de ônibus. Com a adoção desta prática de uso racional de recursos naturais, vamos beneficiar não apenas o meio ambiente, mas também diminuir o gasto do dinheiro público”, destacou o presidente da Urbes, Luiz Carlos Franchim.
Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), até 2024 cerca de 1,2 milhão de geradores de energia solar serão instalados em casas e empresas em todo o Brasil. O número será equivalente a 15% da matriz energética brasileira. E até 2030 o mercado de energia fotovoltaica deverá movimentar cerca de R$ 100 bilhões.
Muitas pessoas ainda questionam se o investimento vale a pena. De acordo com o gerente da Unidade de Negócio de Energia Solar da multinacional austríaca Fronius, Anaibel Novas, a população está quebrando esse tabu.
“Além de trazer redução de custos na conta elétrica, é comprovado que há valorização do imóvel. Além do baixo impacto ambiental, energia inesgotável e redução das emissões de fases dos efeitos estufa. O investimento de R$ 12 mil em todo sistema fotovoltaico em uma residência é revertido em torno de sete a oito anos”, ressaltou.
Potencial paulista
O Levantamento do Potencial da Energia Solar Paulista, estudo conduzido pela Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, aponta um potencial de geração estimada de 12 milhões de megawatts/hora por ano. Energia suficiente para abastecer 4,6 milhões de residências.
A energia solar fotovoltaica vem crescendo fortemente nos últimos anos no estado de São Paulo. Atualmente, são mais de 4.400 instalações em casas, comércios, indústrias, entre outros, com potência instalada de 26 megawatts.
Sorocaba é a nona cidade paulista em número de instalações fotovoltaicas. Ao todo são 75 unidades com 290 quilowatts de potência.