Competição Baja SAE Carolina 2010 terminou neste fim de semana e reuniu cerca de 100 equipes; FEI tem o melhor baja do Brasil
São Bernardo do Campo, abril de 2010 – Com 910,72 pontos, os estudantes do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) conquistaram neste domingo (11) o vice-campeonato na Baja SAE Carolina, realizada em Greenville, Carolina do Sul, nos Estados Unidos. A competição mais disputada do mundo, realizada de 8 a 11 de abril pela SAE International, reuniu cerca de 100 equipes do Canadá, Estados Unidos e do México, além do Brasil. A primeira colocação foi alcançada pela equipe Alýrion, da Universite Laval, do Canadá, com 911,90 pontos.
Considerada a segunda melhor do mundo, a equipe da FEI foi destacada pelos jurados da competição a melhor no quesito Projeto, que reúne notas de relatório e apresentação de projeto, tudo em inglês. Para a FEI, a bagagem que os alunos adquirem ao projetarem, desenvolverem, construírem e testarem um protótipo funcional como o baja é muita rica. “A disputa internacional é muito acirrada e o resultado obtido pela FEI mostra que os nossos estudantes estão empenhados cada vez mais no desenvolvimento de tecnologias e contribuindo para o futuro da Engenharia”, afirma a vice-reitora de Extensão e Atividades Comunitárias da FEI, Rivana Basso Fabbri Marino.
A FEI é tricampeã mundial (2004, 2007 e 2008) na modalidade, e ganhou o direito de disputar a competição internacional após conquistar o primeiro e segundo lugares na etapa nacional, realizada em fevereiro deste ano, em Piracicaba. Na competição brasileira, a FEI comemorou este ano o hexacampeonato (2001, 2002, 2005, 2007, 2009 e 2010) de bajas. “O projeto baja é um dos primeiros aprendizados para a aplicação prática dos conceitos do curso de Engenharia Mecânica Automobilística”, destaca Rivana.
Na Carolina do Sul, o Brasil também foi representado também pelas equipes Mauá 1, do Instituto Mauá de Tecnologia, de São Caetano, que ficou com a 7ª colocação, e a equipe Poli Titan, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli USP), na 9ª posição.
Carro da FEI – Os estudantes do Centro Universitário levaram para os Estados Unidos o baja Zaya, que possui tecnologia wireless (sem fio) para acompanhamento de dados, carenagem feita com material de garrafas PET reciclado e fibra de Curauá, uma planta da família do abacaxi e originária do Pará, esta última aplicada também na laminação do banco.
Com recurso wireless, o piloto pode obter em tempo real, numa tela de LCD acoplada ao volante, informações como carga de bateria, tempo do motor ligado, velocidade e rotação. Ainda na parte de comunicação, além de tecnologia GPS, o baja tem sistema de telemetria, que gerencia e transfere ao box, em tempo real, dados como velocidade, rotação do motor, níveis da bateria e do tanque de combustível. O baja da FEI conta ainda com células fotovoltaicas que transformam a energia solar em eletricidade para os sistemas do carro.