Ano após ano, os costarriquenhos têm dado um exemplo e tanto para o mundo. Em 2016, foram 250 dias sem usar uma gota de combustível fóssil (petróleo, gás ou carvão), ou seja, 98% da geração de eletricidade veio de fontes renováveis. Para atender a demanda, o país utilizou a produção de usinas hidrelétricas, geotérmicas, turbinas eólicas, biomassa e solar. Limpas, sustentáveis e não poluentes!
Pois no último dia 18 de novembro, O Grupo ICE, a operadora estatal de energia, anunciou que em 2017 já foram 300 dias de geração de energia utilizando fontes renováveis, ou 99,62% da produção, a porcentagem mais alta desde 1987.
Assim como no ano anterior, as hidrelétricas foram as principais geradoras de energia (78,26%), seguidas por turbinas eólicas (10,29%), geotérmicas (10.23%) e uma qunatidade bastante pequena dividida entre biomassa e solar (0,84%).
2017 também foi o ano que a produção eólica atingiu seu pico na Costa Rica, com 1.014,82 GWh, provenientes das 16 plantas situadas nas províncias de San José y Guanacaste. Este total deve ficar ainda maior porque dezembro é um mês de bastante vento no país, prevê o Grupo ICE.
Apesar da Costa Rica ser um país com apenas 4,9 milhões de habitantes, concentrados numa área territorial pequena, é de se aplaudir os investimentos e esforços do governo não somente no setor elétrico, mas em outras áreas também.
Recentemente, mostramos nesta outra matéria, o lançamento do projeto Zona Livre de Plástico para substituir o plástico descartável, principalmente os de um único uso – sacolas plásticas, talheres e canudos – até 2021.
Trata-se de uma iniciativa atrelada ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, mas que envolve não só o governo (por intermédio de seus ministérios do Meio Ambiente, da Energia e da Saúde), como também a ONU – via PNUD, seu Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento -, o setor privado e organizações da sociedade civil como a Mar Viva.
A ideia é reduzir a pegada do petróleo no país e garantir que suas praias e o mar sejam e permaneçam limpos. Para tanto, não se atém apenas a tirar esse tipo de plástico de circulação e a implementar mutirões de limpeza das faixas de areia, mas, sim, de substituí-lo por outros materiais, criar alternativas. E – claro, e não menos importante! – de educar a população para a adoção de novos hábitos.
Autor: Conexão Planeta