A nova primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, comprometeu o país a apagar sua pegada de carbono em meados do século. Ardern, que é a líder feminina mais nova do mundo, anunciou nesta sexta-feira que mudanças climáticas estaria entre suas principais prioridades. “Eu antecipo que seremos um governo (…) que estará absolutamente focado no desafio da mudança climática”, disse a primeira-ministra.
A meta para 2050 coloca a Nova Zelândia na vanguarda da ação climática. A Suécia já anunciou que deve ser emissões zero até 2045 e a Noruega, mais ambiciosa, planeja ser neutra em carbono até 2030. Ambas as nações dependerão de compensar as emissões residuais através da compra de créditos de carbono internacionais e plantio de árvores.
Para alcançar os cortes, o governo contará com um sistema de orçamento de carbono supervisionado por uma comissão independente. O trabalho também deve reformar o esquema de comércio de emissões do país para incluir a agricultura no cálculo.
O líder do Greenpeace da Nova Zelândia disse ao site Climate Home News que o anúncio foi “um excelente começo”. Porém, querem ver Jacinda Ardern dar fim à exploração do petróleo em alto mar”. A Nova Zelândia exporta 1,05 bilhão de dólares americanos de petróleo e gás por ano. A Noruega também possui uma grande indústria de hidrocarbonetos, a poluição da qual não conta como própria.
“Eu acredito que este será um governo de mudança”, disse Ardern. “Encontramos aliados neste parlamento que desejam se juntar a nós na construção de uma Nova Zelândia mais justa. Um país onde o nosso meio ambiente está protegido”.
Ao contrário de sua vizinha, a Austrália, todos os partidos políticos da Nova Zelândia classificam o assunto das mudanças climáticas como extremamente prioritário.
Autor: Ciclo Vivo