O trabalho humano em fábricas e centros de distribuição está se extinguindo. E o último indício de que ele está prestes a acabar de vez talvez seja esse braço robótico de uma empresa chamada RightHand Robotics que consegue aprender como pegar objetos que ele nunca viu antes e também ensinar a outras máquinas como lidar com cada um deles.
Para assegurar que o novo sistema RightPick consegue se adaptar continuamente aos produtos que surgem na esteira, a RightHand Robotics desenvolveu uma garra com diversos “dedos”, uma ferramenta de sucção no meio e uma câmera capaz de analisar os materiais e determinar a melhor estratégia de pegar e segurar qualquer objeto. As imagens da câmera são processadas instantaneamente por um algoritmo desenvolvido pela própria companhia que diz à garra qual combinação de dedos ela deve usar, e se ativar a ferramenta de sucção é necessário. O sistema também pode tirar vantagem de técnicas de aprendizado de máquina para refinar e consertar automaticamente o algoritmo quando encontra produtos com formatos desconhecidos.
As novas habilidades aprendidas pelo sistema também podem ser aplicadas em outros locais que utilizam o mesmo equipamento, já que o braço robótico permanece conectado a um servidor o tempo todo, compartilhando o conhecimento e aprimorando as capacidades de toda a rede. Essa conectividade também permite que os engenheiros e desenvolvedores de software da empresa se conectem remotamente a um dos braços, caso o equipamento tenha encontrado alguma dificuldade em se adaptar a uma tarefa específica e precisa de novas instruções.
Por enquanto, a RightHand Robotics ainda está testando e aperfeiçoando seu sistema RightPick. Mas o benefício real da criação é que ela não precisa ser perfeita para ser implantada em algum centro de distribuição. A maioria das pessoas já exagerou nas habilidades do currículo para conseguir uma vaga e então aprendeu as habilidades exigidas enquanto estavam trabalhando. É a mesma coisa que esse sistema consegue fazer, o que o torna mais valioso para as empresas com o tempo.
Autor: Gizmodo