O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) quer ouvir investidores e pesquisadores internacionais para colher sugestões para a elaboração do Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT), que deverá ser lançado em setembro.
A ideia é contar com a capacitação de especialistas, pesquisadores, empresas e desenvolvedores brasileiros e estrangeiros para contribuir com o plano, que vai prever ações para desenvolver tecnologias de IoT no Brasil até 2022.
Segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do ministério, José Gontijo, a ideia é ter a opinião de quem gostaria de investir no mercado brasileiro e evitar a construção de uma iniciativa que só exista no Brasil, sem interfaces com o que existe em outros países.
“A gente quer caminhar não só olhando para o Brasil, mas para o mundo. Não só para atender as nossas necessidades aqui, mas que as empresas e as instituições de pesquisa que estejam atuando nessa área aqui no Brasil possam também atuar prestando serviço em nível global. A gente quer garantir o livre acesso e a livre possibilidade para o desenvolvimento das tecnologias no país, garantindo, claro, a proteção das informações que vão ser tratadas,” explicou José Gontijo, do MCTIC.
Consultas públicas
No mês passado, a primeira das cinco consultas públicas internacionais sobre IoT foi lançada pelo Ministério durante o Mobile World Congress, em Barcelona, na Espanha.
O tema da primeira consulta é o panorama das iniciativas já desenvolvidas no Brasil. As demais vão tratar sobre as aspirações para o Brasil, os setores econômicos que podem ser beneficiados com o plano, os temas que merecem a atenção do governo na implementação do plano e as propostas para as políticas públicas.
A previsão é que o plano fique pronto em setembro, depois da conclusão de um estudo contratado pelo governo em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que irá propor ações concretas para o setor.
“Em setembro já vamos ter as ações específicas para serem implementadas em curto, médio e longo prazos. O plano vai ter ações concretas, vai apontar exatamente o que teremos que fazer,” disse Gontijo.
Internet das Coisas
A Internet das Coisas (em inglês, Internet of Things – IoT) designa a rede de objetos que se comunicam e interagem de forma autônoma, via internet.
As aplicações são diversas e incluem desde o monitoramento de saúde, o controle de automação industrial, até o uso de dispositivos pessoais conectados. Com a IoT é possível, por exemplo, monitorar e gerenciar operações a centenas de quilômetros de distância, rastrear bens ou detectar mudanças na pressão sanguínea de um paciente.
Estima-se que já existam mais de 15 bilhões de dispositivos conectados à IoT em todo o mundo, embora esta estimativa inclua celulares e computadores, que não eram incluídos na ideia inicial de internet das coisas. A previsão é que, em 2025, seja atingida a marca de 35 bilhões de dispositivos.
Autor: Agência Brasil