Engenharia Mecatrônica: criação, automação e tecnologia

O nome pode parecer estranho para quem ouve pela primeira vez. De fato, muita gente confunde ou não sabe qual a real função de um engenheiro mecatrônico no mercado de trabalho.
A atividade desse profissional é fundamental para os diversos tipos de indústrias, desde a automobilística até a petroquímica.

Também chamado de engenheiro de Controle e Automação em algumas instituições de ensino (saiba a diferença básica aqui), tem como função criar, operar e manter vários tipos de máquinas convencionais e tecnológicas em uma linha de produção. 

Uma área bastante dinâmica, une mecânica, eletrônica (como o próprio nome diz), elétrica e informática. As principais funções de um engenheiro mecatrônico são:
criar e acompanhar a evolução de diversas máquinas, desde sua implantação até manutenção, otimizando cada vez mais o processo de produção;
conhecer diversos materiais e sistemas, como robótica, manufatura automatizada, óptica, microprocessadores e metrologia;
programar e integrar máquinas-ferramenta, desenvolver projetos robóticos, tornos mecânicos, caldeiras e motores de combustão;
aplicar e coordenar serviços de solda e ligação de diversas peças utilizadas na engenharia de maquinários;
implantar softwares de controle e automação;
fazer estudos e pesquisas de qualidade da linha de produção.

No Brasil, é necessário estudar 5 anos para se tornar um Bacharel em Engenharia Mecatrônica. O estudante deve gostar muito de cálculo (obviamente), mecânica, elétrica, tecnologia e informática, além de ser curioso, observador, criativo e dinâmico. 

Entre as matérias que serão estudadas, estão Estática, Ciência dos Materiais, Química, Mecânica dos Fluídos, Termodinâmica, entre muitas outras. O curso está disponível em mais de 20 universidades em todo o país, entre públicas e privadas. 

A partir do quinto semestre, já é possível fazer estágio, obrigatório em algumas faculdades. Muitas empresas de grande porte buscam por talentos, logo, são boas as chances de plano de carreira em várias organizações. 

Para atuar nessa profissão, é preciso, além do diploma, estar registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). 

Para uma área que demanda muitos profissionais e tem muita concorrência , o diferencial é ser empreendedor e inovador, já que a mecatrônica é essencialmente tecnológica e busca sempre novidades e mudanças. Além disso, inglês fluente é primordial, bem como o domínio de softwares específicos. 

O campo de trabalho está praticamente no setor industrial, como o automotivo, eletroeletrônico, autopeças e metalúrgicas. O mercado concentra boas oportunidades no interior de São Paulo, região centro oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), estados do Nordeste, como Bahia e Ceará, e na Zona Franca de Manaus. 

Um estagiário de mecatrônica pode ganhar até 2500 reais, trabalhando 6 horas por dia. Já um profissional iniciante recebe 4 mil reais mensais, e com a experiência pode chegar a 10 mil reais.
Além de atuar na indústria, o estudante ainda pode fazer pós graduação e mestrado, para lecionar em diversas universidades e escolas técnicas.

Autor: Blog da Engenharia