Ao mesmo tempo que cientistas alertam sobre a gravidade da situação climática no planeta Terra atestando que os danos provocados pelo homem são irreversíveis e que, a população mundial já tem sentido as mudanças feitas pelo aquecimento global, outros pesquisadores e especialistas buscam alternativas para amenizar os prejuízos.
A corrida contra a emissão violenta de dióxido de carbono (CO2), principal causador do efeito estufa, é tema dominante de órgãos que protegem a natureza, como o Greenpeace, e das reuniões de grupos internacionais, como o G7, que conta com líderes de sete países desenvolvidos – EUA, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Japão.
Pensando nisso, a startup canadense Carbon Engineering (CE) desenvolveu uma engenhoca capaz de filtrar até 80% de CO2 o ar. A solução foi desenvolvida por David Keith, físico e professor de engenharia da Universidade Harvard (EUA). Sua estrutura interna é feita com filtros em PVC e o processo é basicamente assim: o ar entra por um lado, passa pelos filtros, e sai pelo outro lado, bem mais limpo.
O grande responsável pela redução do gás é uma solução química, colocada durante o processo, que converte o carbono em estado gasoso para o líquido. Desta forma, quando houver quantidade significativa, é possível coletá-lo para ser usado na indústria.
Criado em 2009, primeiro mega filtro da Carbon Engineering ocupa uma extensa área em Squamish, na Columbia Britânica, no Canadá, onde estão sendo realizados testes. O professor de Harvard conseguiu investimentos de grandes nomes, como Murray Edwards, empresário do ramo petrolífero, e nada mais nada menos que Bill Gates.
Keith diz que a invenção tem intuito fundamental de retirar o carbono que é proveniente de fontes dispersas de poluição, como carros, caminhões, navios e aviões. O físico explica que a lógica do instrumento é semelhante ao processo de filtragem do ar feito pelas árvores. “Já sabemos que não existem no mundo árvores suficientes para fazer todo o serviço, então vamos dar uma força”, ressalta no vídeo explicativo do produto.
Apesar de ser uma ideia moderna, não é a única com o objetivo a captura de gás carbônico da atmosfera. Há outras empresas espalhadas pelo mundo desenvolvendo trabalho similar, tendo como exemplo a americana Global Thermostat e a suíça Climeworks, ambas criadas no fim dos anos 2000. No início receberam muito incentivo, porém, nada se concretizou.
O projeto da Carbon Engineering não tem previsão para ser usado em larga escala, fator que prejudica a eficácia e de outros programas sustentáveis. Especialistas estimam que, se houvesse mais interesse em investir nas startups com projetos contra a alta emissão de gases – entende-se aplicações de bilhões de dólares -, uma solução viável para, pelo menos, reduzir os danos, estaria bem próxima.
Autor: Blog da Engenharia