O Brasil e a Alemanha começaram a definir os parâmetros de uma parceria entre os dois países para a utilização dos minerais de terras-raras.
O governo brasileiro elencou como prioritário o desenvolvimento conjunto de ímãs, catalisadores e ligas de aço ou ferro com base em terras-raras.
“Também destacamos a recuperação ambiental de áreas mineradas, com o fechamento de minas; a geologia marinha, para aproveitar recursos minerais de origem oceânica; e a formação, capacitação, treinamento e intercâmbio de pesquisadores especializados nesses elementos”, afirmou Elzivir Guerra, do Ministério de Minas e Energia.
“Com esse trabalho já iniciado, esperamos que, em novembro, mesmo que seja por videoconferência, nos encontremos com mais dados e informações, a fim de finalizar a primeira etapa, porque o entendimento entre a presidente Dilma Rousseff e a chanceler Angela Merkel foi de que desenvolvamos essa parceria o mais rápido e da forma mais frutífera possível,” disse a secretária executiva do MCTI, Emília Ribeiro.
O Brasil tem uma das maiores reservas de terras raras do mundo. O país já domina diversas tecnologias na área, como a fabricação de materiais luminescentes e a reciclagem das terras raras das lâmpadas fluorescentes – mas a produção nacional das terras raras depende de uma indústria de alta tecnologia que o país não detém.
Ímãs de neodímio
O representante alemão no encontro, Lothar Mennicken, reforçou que a cooperação necessita de “um impulso constante” para dar agilidade ao processo.
“A delegação alemã veio conhecer projetos em andamento na área de terras-raras. E, para facilitar a interação com pesquisadores alemães, a ideia é oferecer um instrumento que financie atividades de mobilidade, intercâmbio e colaboração,” disse Mennicken.
Serão concentrados na Embrapii os esforços rumo à produção em escala industrial de ímãs de alta capacidade, como os baseados em neodímio, usados em discos rígidos e turbinas eólicas.
Autor: MCTI