O Observatório Europeu do Sul (ESO) criou algumas imagens para dar uma ideia de como o Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT) vai se comparar com monumentos famosos da humanidade, como as Pirâmides de Gizé, o Coliseu e a Estátua da Liberdade.
Seu nome (“extremamente grande”) não deixa espaço para modéstia, nem deveria: a cúpula do E-ELT, com 100 metros de altura, está sendo construída no topo de uma montanha no Chile a 3.060 metros de altitude.
De acordo com o ESO, este telescópio terrestre será “o maior olho da Terra no céu”: ele terá um espelho principal de 39 metros, e poderá captar mais luz do que todos os telescópios de 8 a 10 metros no planeta somados.
Isso significa que o E-ELT será 100 milhões de vezes mais sensível à luz do que o olho humano, e 26 vezes mais sensível do que cada um dos Very Large Telescopes – eles também ficam no Chile e pertencem ao ESO.
Por que tudo isso? Bem, ao apontar um telescópio para o céu, ele nos traz imagens do passado: a luz viaja a cerca de 300.000 km/s, então a imagem de galáxias a bilhões de quilômetros de distância pode levar milhões de anos para chegar até nós. Assim, quanto mais sensível à luz for o telescópio, mais poderemos ver do espaço.
O E-ELT será capaz de corrigir distorções atmosféricas, fornecendo imagens 15 vezes mais nítidas do que as obtidas pelo telescópio espacial Hubble. Isso permitirá estudos detalhados de planetas em torno de outras estrelas, buracos negros gigantescos, e matéria escura e energia escura que dominam o Universo.
Este ano, a Câmara dos Deputados aprovou a entrada do Brasil no grupo de países que compõem o ESO. No acordo, nós seríamos coproprietários do E-ELT. O custo da entrada no projeto é alto: 270 milhões de euros, ou 945 milhões de reais, até 2021. O projeto agora está nas mãos do Senado.
O programa E-ELT foi aprovado em 2012, e sua construção foi iniciada no final de 2014. Sua inauguração está prevista para 2024.
Autor: GizModo