A escassez de água em alguns dos maiores centros urbanos do Brasil inspirou a criatividade dos estudantes que participam de uma feira de ciências e engenharia, em São Paulo.
Qual vai ser seu consumo de água no mês que vem? Os garotos mostrados no vídeo (clique aqui para assitir) ajudam a controlar. Eles desenvolveram um sistema em que o consumidor define a meta e o painel mostra, dia a dia, quanto já foi gasto. E mais: uma bomba instalada na entrada da rede de água gera energia capaz de fazer funcionar equipamentos de baixo consumo.
“Também recarregar o celular”, conta um estudante.
A feira é organizada pela Escola Politécnica da USP e participam alunos de ensino médio e escolas técnicas do Brasil inteiro. Há ideias para captar água da chuva, para filtrar e reutilizar a que sai da máquina de lavar roupa. Um robô com cara de cachorro substitui o cão guia. Ele tem sensores nos olhos e consegue desviar sozinho de obstáculos.
Os nove melhores projetos vão representar o Brasil em uma feira internacional de ciências e engenharia nos Estados Unidos.
“Tem ganhadores do prêmio Nobel que vão lá e conversam com eles, avaliam. Mas o maior prêmio é estar aqui, fazer conexões, porque eles já são finalistas”, diz Roseli Lopes, coordenadora da Febrace.
Jonathan teve um tumor benigno no cérebro quando tinha dez anos. Ficou sem movimentos por dois meses, em uma cadeira de rodas. Foi operado, conseguiu se curar e nunca se esqueceu das dificuldades de um cadeirante.
O Jonathan continua com todos os movimentos, mas ele está sentado para fazer uma demonstração para o Jornal Nacional. Aquela experiência serviu de inspiração para ele inventar uma cadeira de rodas com um elevador. Para a cadeira não se movimentar quando está no alto, o inventor instalou um botão que ora liga o elevador, ora o motor. No total, ela sobe 40 centímetros. É o suficiente para a pessoa conseguir pegar alguma coisa no armário de casa ou na gôndola de supermercado.
“Vamos supor que o cadeirante pegou alguma coisa na prateleira em cima e sem querer fez isso, ele não vai andar. Porque está desligado. Usando a cadeira corretamente não vai acontecer um acidente”, explica Jonathan Jorge.
Autor: Jornal Nacional