Empreendedor, nas palavras de Louis-Jacques Fillion, professor da Escola de Negócios de Montreal, é “uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”. Esse conceito deveria ser mais trabalhado, principalmente porque é mais geral: o empreendedorismo cabe em qualquer lugar e circunstância, e não se circunscreve na abertura de empresas.
Particularmente, o Empreendedorismo está sendo cada vez mais introduzido nos currículos dos engenheiros, por que eles são os principais responsáveis pelos saltos tecnológicos e muitas vezes não saber lidar com a inovação, seja para transformar uma ideia em produto, ou mesmo para avaliar o impacto das novas tecnologias.
Uma dessas iniciativas é a da professora Kathleen Allen, da University of Southern California, com o seu livro “Entrepreneurship for Scientists and Engineers”. Trata-se de uma boa referência para quem estuda o “empreendedorismo tecnológico” (“Technopreneurship”).
Uma outra grande iniciativa é o Movimento Big Beacon (Grande Farol), capitaneado pelo professor David E. Goldberg, da University of Illinois at Urbana-Champaign (autor do livro “The Entrepreneurial Engineer”, entre outros). Recentemente, tenho tido prazer de estar contribuindo para o Big Beacon, como quando conduzi um chat pelo Twitter a respeito da condição heroica dos engenheiros, o que vem ao encontro de comparações parecidas feitas também em relação aos empreendedores (a exemplo do livro “Procuram-se super-heróis”, da Bel Pesce).
Relativamente falando, existem poucas publicações, técnicas e não-técnicas, sobre empreendedorismo para engenheiros no Brasil, a maioria artigos. Em breve pretendo publicar o livro “Empreendedorismo para Estudantes de Engenharia”, que vai tentar ser um bálsamo motivador para os alunos dos cursos de engenharia, em especial aqueles que veem no empreendedorismo alternativas para redesenhar a própria profissão, em um itempo em que nunca se discutiu tanto a imprevisibilidade do futuro.
Autor: Rafael Tadeu de Matos Ribeiro, UFSJ. Artigo publicado no portal Administradores
