Google lança ferramenta para visualização em tempo (quase) real do desmatamento pelo mundo

O desmatamento é um problema gravíssimo no mundo, mas não temos muita ideia do quão grande é essa questão. O Google quer usar suas ferramentas para ajudar nisso, e lançou o Global Forest Watch, que mostra (quase) em tempo real o desmatamento ao redor do planeta.

O Global Forest Watch reúne dados do desmatamento de 2000 para cá, e exibe também alguns recursos analíticos – você pode escolher um período de tempo específico para ver o que foi derrubado e o que foi replantado.

Quando o Google diz “quase em tempo real”, é porque os dados são atualizados mensalmente. Isso oferece a possibilidade de ver como as florestas pelo planeta se alteram em pouco tempo. “Agora que temos a possibilidade de nos espreitar nas florestas, uma série de novas história está começando a surgir”, diz o Google em seu blog Lat Long.

Brasil

A situação do Brasil é bastante preocupante, como podemos ver pelo mapa. Em algumas áreas mais ao sul e sudeste o tom azul escuro ganha algum destaque – trata-se das regiões onde houve ganho florestal no período. No estado do Paraná, por exemplo, o azul e o rosa (perda de floresta) se misturam bastante. Mais ao norte – especialmente na região Norte do país – o desmatamento é imenso.

O Google destacou a situação dos índios Suruí, em Rondônia, em seu blog:

O tradicional território da tribo Suruí, no Brasil, é uma ilha rodeada de terras que foram significativamente degradadas e desflorestadas ao longo dos últimos 10+ anos. Comunidades indígenas frequentemente dependem de florestas para sobrevivência e herança cultural, e ainda há um grande incentivo para manter florestas sustentavelmente. No entanto, muitas comunidades indígenas sofrem para proteger as terras contra a invasão de madeireiros ilegais, que podem ser vistas pelo Global Forest Watch usando dados anuais da Universidade de Maryland e do Google, ou alertas mensais do Imazon, uma ONG brasileira parceira do Global Forest Watch.

Você pode conferir o Global Forest Watch por contra própria aqui. [Google via LA Times]

Autor: GizModo