O maior diferencial do rover Puli são suas rodas, mais simples e adequadas para terrenos irregulares e arenosos. [Imagem: Puli Space Technologies]
Mais de seis anos depois de seu lançamento, o prêmio do Google para pousar um robô na Lua continua sem ganhador – e sem nenhuma tentativa para conquistá-lo.
O Google Lunar X Prize vai premiar a primeira equipe que, sem financiamento público, enviar um robô à Lua, fazendo-o locomover-se pelo menos 500 metros, seja andando, voando ou rastejando.
A equipe húngara Team Puli não parece ter desistido e continua com a agenda cheia.
O robô Puli acaba de passar por um teste no “laboratório” PISCES (Pacific International Space Centre for Exploration Systems), no Havaí, um ambiente que tenta reproduzir o terreno que os robôs vão encontrar na Lua.
O robô percorreu 600 metros – mais do que suficiente para ganhar o prêmio – no solo vulcânico irregular e solto, que lembra de certa forma o regolito lunar.
Para maior realismo, todos os equipamentos no Havaí foram controlados a partir da base da equipe, em Budapeste. [Imagem: Puli Space Technologies]
Distâncias terráqueas
Além de vencer encostas com até 40 graus de inclinação, o robô comunicou-se com precisão com o veículo de controle, a nave propriamente dita, que pousará na Lua e terá os equipamentos para comunicação com a Terra.
Para maior realismo, todos os equipamentos no Havaí foram controlados a partir da base da equipe, em Budapeste.
“Esta não foi a primeira vez que o Puli foi testado em locais análogos [à Lua]. Ele participou de um teste de campo no Marrocos no início de 2013, mas a instalação PISCES oferece o cenário mais desafiador e mais realista que nosso rover enfrentou até o momento,” disse Tibor Pacher, líder da equipe.
O Google Lunar Prize exige que o robô envie transmissões de seu local de pouso e de seu destino, a 500 metros de distância, o que foi feito com perfeição pelo Puli.
A equipe ainda não tem data prevista para fazer sua tentativa de enviar o rover Puli à Lua.
Autor: Inovação Tecnológica