Consórcio formado por Petrobras e mais 4 empresas vence leilão de Libra

O consórcio formado pelas empresas Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC arrematou nesta segunda-feira (21) o campo de Libra e foi o vencedor do primeiro leilão do pré-sal sob o regime de partilha – em que parte do petróleo extraído fica com a União. 

Único a apresentar proposta, contrariando previsões do governo, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente em óleo extraído do campo – percentual mínimo fixado pelo governo no edital. 

Nesse leilão, vencia quem oferecesse ao governo a maior fatia de óleo – o regime se chama partilha porque as empresas repartem a produção com a União. O consórcio vencedor também terá que pagar à União um bônus de assinatura do contrato de concessão no valor de R$ 15 bilhões.
A Petrobras terá a maior participação no consórcio vencedor, de 40%. Isso porque, embora a proposta aponte uma fatia de 10% para a estatal, a empresa tem direito, pelas regras do edital, a outros 30%. A francesa Total e a Shell terão, cada uma, 20%. Já as chinesas CNPC e CNOOC terão 10% cada.
'Sucesso' 

Apesar da proposta única, a diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, se disseram satisfeitos com o resultado. Falando à imprensa após o evento, Lobão afirmou que “não há nenhuma frustração”.
Já Magda afirmou que “houve competição e o resultado não poderia ter sido melhor”. “Houve uma competição pela formação do consórcio vencedor (…) Há informações de que todas as empresas participantes conversaram entre si”, disse a diretora da ANP. 

Protestos 

O leilão, realizado no hotel Windsor, no Rio de Janeiro, foi marcado ainda pelos protestos do lado de fora e que deixaram pelo menos cinco pessoas feridas. Para conter os manifestantes, homens da Força Nacional de Segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
No total, 11 empresas foram habilitadas para participar da rodada. Entretanto, na manhã desta segunda, poucas horas antes da sessão, a espanhola Repsol, uma das maiores empresas do setor de petróleo no mundo, anunciou que, apesar de habilitada, não faria oferta por Libra. 

A previsão inicial da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíves (ANP) era que até 40 empresas poderiam participar do leilão de Libra – gigantes do setor como as norte-americanas Exxon Mobil e Chevron e as britânicas BP e BG nem chegaram a se inscrever. 

No dia 10 de outubro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que esperava entre dois e quatro consórcios na disputa, envolvendo as 11 empresas habilitadas.

Autor: G1