Quinhentos abrigos de ônibus espalhados pela capital paulista estão com a estrutura tão comprometida que podem ceder, oferecendo risco aos pedestres que esperam a condução. A informação é da Pra SP-Otima, o consórcio que venceu a licitação para a troca de pontos de ônibus de São Paulo.
Segundo a presidente da concessionária, Violeta Noya, a maioria dos 6.500 abrigos e 12.500 totens existentes na cidade estão bastante degradados porque uma manutenção adequada não é feita desde 2007, quando entrou em vigor a Lei Cidade Limpa. Até o ano passado, a responsabilidade era da SPTrans, que declarou que a manutenção sempre foi feita.
A Pra SP-Otima informou que a prioridade de troca são os pontos de ônibus localizados no centro expandido – que não é, necessariamente, a região onde estão os abrigos mais danificados. “Já retiramos cem abrigos porque representavam um risco grande ao cidadão”, diz Violeta. Até o fim do primeiro semestre, todas as regiões já terão abrigos dos novos modelos.
Substituição. O trabalho de substituição começou no dia 17 de fevereiro e já foram instalados 97 abrigos, que estão em fase pré-operacional, nas zonas oeste e sul. “A obrigação era instalarmos 60 abrigos até 14 de abril”, destaca Violeta. A concessionária tem um prazo de até três anos para substituir todos os pontos de ônibus e, depois de 2015, vai instalar 1.000 novos abrigos e 2.300 totens. “Quando todos os pontos estiverem novos, a manutenção será feita todo dia”, afirma Violeta. “Não deixaremos nenhum deles no estágio degradado em que se encontram hoje.”
A troca completa custará mais de R$ 636 milhões à Pra SP, mas a Prefeitura não terá gastos – pelo contrário, vai ganhar em impostos. A concessionária será responsável pelos pontos de ônibus de São Paulo nos próximos 25 anos. Trata-se do maior contrato de concessão de mobiliário urbano do mundo.
Serão quatro novos modelos de abrigos: o “caos estruturado”, inspirado na irregularidade da cidade; o “brutalista”, inspirado nas grandes avenidas, pontes e viadutos; o “minimalista com ginga”, que valoriza o espaço do entorno; e o “hi-tech”, que será instalado nos centros financeiros paulistanos.
Autor: O Estado de S.Paulo