De acordo com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil ainda possui 2.906 lixões distribuídos por 2.810 municípios, que precisam ser eliminados em dois anos.
A pesquisa tem como base a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que estabeleceu 2014 como o ano limite para a extinção de todos os lixões a céu aberto no país.
A legislação definiu como prioridades: a redução do volume de resíduos gerados, a ampliação da reciclagem, novos mecanismos de coleta seletiva com inclusão social de catadores e o término dos lixões com a implantação de aterros sanitários.
A dois anos do fim do prazo para a política entrar em vigor, a coleta seletiva chega a apenas 18% dos municípios do país, há quase 3 mil lixões para serem erradicados e ocorre um desperdício anual de mais de 16 mil megawatts, com a falta de aproveitamento energético de resíduos de cana-de-açúcar.
Segundo com o documento, o maior número de municípios com lixões está localizado na região Nordeste: são 1.598, o equivalente a 89% do total de cidades da região.
Uma das soluções apontadas pelo Ipea é criar consórcios públicos para gestão de resíduos sólidos, pois uniriam pequenas cidades com poucos recursos financeiros.
Um dado positivo divulgado afirma que a coleta regular de resíduos sólidos dos domicílios subiu de 90% para 98%, de 2009 até os dias atuais. Já na zona rural a realidade é outra: 67% das casas não recebem visitas periódicas de caminhões recolhendo o lixo.
A pesquisa do Ipea afirma que são recolhidas 94,3 mil toneladas de lixo orgânico diariamente no Brasil, mas apenas 1,6% (1.509 toneladas) são encaminhadas para o reaproveitamento. Já nas agroindústrias são geradas 291 milhões de toneladas de resíduos sólidos, que poderiam ser aproveitados, tanto na produção de fertilizantes naturais, como na geração de energia elétrica.
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Autor: Comunitexto