Aquela ali ao fundo é a ponte Aizhai, na província de Hunan, na China. Ela não é a ponte mais longa, nem a mais alta do mundo. O que faz dela uma obra tão incrível e fascinante é a combinação desses fatores: nenhuma ponte alta é tão longa quanto ela; nenhuma ponte longa é tão alta quanto ela.
Inaugurada há quinze dias, a ponte Aizhai levou apenas quatro anos para ser construída a 336 metros do chão, o que faz dela a sexta mais alta do mundo. Mas entre as 400 pontes mais altas do planeta nenhuma é tão longa quanto ela, que se estende por 1176 metros para ligar as cidades de Chongqing e Changsha. A obra custou 208 milhões de dólares e incluiu, além da ponte, a construção de 64 quilômetros de rodovias e 129 km de vias alimentadoras. Nossa opinião? Tá barato pra caramba.
Por ligar dois túneis opostos, os engenheiros usaram o topo das montanhas para construir as torres que sustentam os cabos. Essa característica também causa um efeito surpresa nos motoristas, que não veem as torres em momento algum da viagem, e saem dos túneis já cercados pelas dezenas de cabos de sustentação da ponte. Atrás de cada uma das torres de suspensão, um par de cabos enormes estabiliza as oscilações de toda a estrutura, para que não haja risco de danos a outros componentes da ponte.
Não surpreende que esta seja a quarta ponte a cruzar um vale construída nos últimos três anos no país – as outras três são a Si Du, a Balinghe e a Beipanjiang, todas inauguradas em 2009 e também listadas entre as mais altas do mundo. Os chineses dominam a manipulação do aço há mais de 2000 anos, e a infra-estrutura do país vem acompanhando de perto seu crescimento econômico (ao contrário do B do BRIC), algo visto também pelos arranha-céus chineses que modificaram profundamente o panorama das metrópoles nos últimos 20 anos.
Autor: Jalopnik