Apesar de as motos representarem apenas 12,8% dos cadastros no Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito), elas já superam a quantidade de carros em ruas e avenidas durante os horários de pico (das 7h às 10h e das 17h às 20h). O cenário foi registrado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) em pelo menos três pontos da capital, entre segunda e sexta-feira. O número de motos ultrapassou o de carros na estrada de Itapecerica, na zona sul, e nas avenidas Estevão de Carvalho e Conde de Frontin, na zona leste.
Os dados foram recolhidos em 28 rotas e 59 vias da cidade, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”. Na estrada de Itapecerica, das 7h às 10h, as motos eram responsáveis por 49,2% do tráfego. Foram registradas 2.623 motocicletas, 2.214 carros, 405 ônibus, 75 caminhões e 18 coletivos fretados.
Já na avenida Professor Fonseca Rodrigues, no Alto de Pinheiros, as motos foram responsáveis por menos de 5% do fluxo no mesmo horário e sentido, do bairro para o centro. A maior concentração de motocicletas nos corredores que ligam a região central à periferia mostra que esse tipo de veículo é o mais escolhido pela população de baixa renda.
De acordo com o superintendente de planejamento da CET, Ricardo de Oliveira Laiza, as motos encontradas nesses corredores são usadas para ir ao trabalho, e não para fazer entregas ou outros tipos de serviços.
Autor: Band.com.br
