Com a presença do secretário municipal do Verde e do Meio de Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, da Abeppolar, do Instituto Capivari Filhos da Terra de Parelheiros e de moradores da Vila Mariana, o Instituto de Engenharia iniciou o plantio de árvores em sua sede na sexta-feira passada (26/8).
Em cumprimento à Lei 10.365/87 do município e às determinações da Subprefeitura de Vila Mariana, foram plantadas 37 árvores de grande porte que podem chegar a até 20 metros de altura. Entre as espécies estão: chuva de ouro, oiti, Ipê amarelo do brejo, aldrajo, pau formiga e quaresmeira.
Do Instituto de Engenharia, participaram Amândio Martins, vice-presidente de Relações Externas representando o presidente Aluizio de Barros Fagundes; Rui Arruda Camargo, vice-presidente de Atividades Técnicas; Victor Brecheret Filho, chefe de gabinete; Júlio Casarin, primeiro diretor Financeiro; Walter Merlo, diretor-executivo; Clara Cascão, conselheira do Conselho Fiscal; e os conselheiros Carlos Eduardo Mendes Gonçalves, Paulo Ferreira e Carlos Antonio Rossi Rosa, além de Antonio José Nogueira de Andrade Filho, diretor de Assuntos Internos e membro do Conselho Fiscal.
Eduardo Jorge, secretário municipal do Verde e do Meio de Ambiente de São Paulo
Veja as fotos e os nomes botânicos abaixo:
Ipê amarelo do Brejo
Nome científico: Handroanthus umbellatus (ex-Tabebuia umbellata)
Família: Angiospermae – Bignoniaceae
Características Morfológicas: Essa árvore chega a medir entre 10 e 15 metros, com tronco variando de 40 a 50 centímetros de diâmetro. Possui folhas opostas e flores amarelas. Já o fruto é do tipo cápsula, cilíndricos e muito longos (repletos de sementes aladas).
Origem: Brasil
Ocorrência Natural: Minas Gerais e Rio de Janeiro (até o Rio Grande do Sul), principalmente na floresta pluvial atlântica de planícies úmidas.
A exemplo de outras espécies de ipê, esta também possui floração amarela. Chamado de ipê-amarelo-do-brejo, ipê-de-várzea e pau-de-arco-amarelo, a maioria de seus nomes populares faz referência ao seu local de ocorrência: as planícies úmidas na Mata Atlântica.
Embora essa espécie seja aplicada com sucesso no paisagismo (é extremamente ornamental, sobretudo em função de suas flores), sua madeira frequentemente é usada para obras externas (dormentes, vigas, postes e moirões, por exemplo), por ser pesada, rígida e durável. Em função de se adaptar bem a terrenos brejosos, é também indispensável na recuperação de áreas ciliares degradadas (sobretudo para manter polinizadores e a avifauna).
Essa espécie costuma florescer entre agosto e outubro (quando a árvore fica completamente sem folhas), com frutos amadurecendo de outubro a novembro. Embora o desenvolvimento de mudas seja rápido, seu crescimento no campo é considerado lento.
Aldrago
Nome científico: Pterocarpus violaceus
Família: Leguminosae
Características Morfológicas: Árvore de porte médio (fica entre 8 e 14 metros de altura), a aldrago tem tronco que varia de 30 a 50 centímetros de diâmetro. Suas folhas são compostas, de um verde-musgo brilhante.
Origem: Brasil.
Ocorrência Natural: Do Sul da Bahia, passando por Minas Gerais até o Paraná, essencialmente na floresta pluvial da encosta atlântica.
Esta árvore, nativa do Brasil, normalmente só é vista no paisagismo urbano, onde tem ampla utilização.
A sua floração, apesar de linda (dá flores amarelas de um tom intenso), é muito fugaz. Em cerca de dois dias, toda a flor já desapareceu de cena. Mas a chance de vê-la na sua exuberância acontece com data marcada: de outubro a dezembro de cada ano.
A aldrago, conhecida também como folha-larga, pau-sangue, sangueiro, dragociana e pau-vidro, devido à sua adaptação à insolação direta e à sua fácil multiplicação, é indispensável nos projetos de reflorestamento de áreas degradadas.
É encontrada tanto em matas primárias densas quanto secundárias. Geralmente aos dois anos esta espécie atinge facilmente a altura de 2,5 metros
Oiticica
Nome científico: Licania rigida
Família: Chrysobalanaceae
Características Morfológicas: Essa árvore pode atingir até 15 metros de altura e possui um tronco que se ramifica logo acima do solo. Forma uma copa densa, muitas vezes com 10 a 20 metros de diâmetro. Suas folhas são alternas, ásperas, bastante quebradiças e com nervuras pronunciadas. Já suas flores, levemente amarelas, são dispostas em espigas ramosas. O fruto, drupáceo, tem caroço envolto por uma massa amarela, com cheiro pouco agradável.
Origem: Brasil
Ocorrência Natural: Típica do sertão nordestino, essa árvore é encontrada nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
No semi-árido nordestino, pode-se dizer, a oiticica é um oásis nos períodos de seca. E a explicação é simples: ela sempre mantém-se verde, o que garante sombra aos homens e a diversos animais. Árvore majestosa, ela costuma crescer nos aluviões profundos dos rios e riachos, e o mais importante: ajuda a preservar esses cursos d?água. Quando não, suas folhas, troncos e frutos também servem às populações locais que constroem casas, utilizando sua madeira, produzindo sabão e/ ou combustível para a iluminação a partir de seu óleo.
Não é só isso: suas folhas, ásperas, também se prestam a polir artefatos de chifre e as suas sementes, que contém uma amêndoa, são ricas em óleo secante (60%), próprio para tintas e vernizes (empregados na indústria automobilística e em impressoras jatos de tinta). Um pé de oiticica costuma produzir 75 quilos de frutos secos por safra. Mas já foram registrados exemplos com produção de até 1.500 quilogramas.
A espécie é usada na produção de biodiesel e considerada importante na manutenção da renda de famílias inteiras na caatinga, já que a colheita pode ser realizada entre os meses de dezembro e fevereiro, período tradicional de total escassez de recursos financeiros pela agricultura familiar. Além de todas essas aplicações e vantagens, também é uma árvore muito aproveitada no paisagismo.
Pau-formiga, Pau-de-novato, Formigueiro, Novateiro, Pau-de-formiga, Paliteiro, Taquari, Pajeú, Tachi, Tangarana
Nome científico: Triplaris brasiliana
Sinonímia: Triplaris brasiliensis, Triplaris pyramidalis
Família: Polygonaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
O pau-formiga é uma árvore tropical majestosa, que impressiona por seu porte e florada exuberantes. Sua copa tem formato colunar a piramidal, com tronco retilíneo, elegante e oco, abrigando formigas em seu interior, numa interessante relação de simbiose.
A madeira é leve, de baixa densidade e a casca é cinzenta e levemente fissurada. A folhas são grandes, ovaladas, glabras, membranáceas e simples. Por ser uma espécie dióica (sexos separados), o pau-formiga apresenta indivíduos machos e fêmeas, que se diferenciam claramente durante a floração. As plantas femininas apresentam inflorescências eretas, com flores róseo-avermelhadas, vistosas, enquanto os machos têm inflorescências acinzentadas, afiladas, longas e pendentes. A floração ocorre no inverno e início da primavera e é bastante durável. Os frutos são do tipo aquênio, com cálice persistente e se disseminam pela ação do vento (heliófita).
Chuva de Ouro Brasileira – Cassia ferruginea
Nome científico – Lophantera lactescens
Ávore de grande porte
A Chuva – de- Ouro é árvore nativa aqui do Brasil e pertence à família das leguminosas e devemos lembrar que não se trata da Cassia fistula que é exótica.
Esta é a Cassia ferruginea que também recebe os nomes canafístula, canafrista e tapira coiana. Seu porte é grande podendo atingir 8 a 15 metros com copa arredondada. Suas folhas são pinadas com folíolos verde claro e aveludados. Apresenta floração espetacular produzindo grande quantidade de cachos pendentes formados por flores amarelas e muito perfumadas . Estes cachos medem aproximadamente 20 cm de comprimento e o perfume agradável é percebido de longe. Seus frutos são vagens cilíndricas , longas , em cujo interior estão alojadas as sementes distribuídas em compartimentos.
Quaresmeira
Nome científico: Tibouchina granulosa
Família: Melastomaceae
Características Morfológicas: A altura desta árvore vai de 8 a 12 metros, com um tronco em torno de 30 a 40 centímetros de diâmetro. As suas folhas são rijas e pubescentes (indumento das plantas formado de pêlos finos e curtos) nas duas faces.
Origem: Brasil.
Ocorrência Natural: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, principalmente na floresta pluvial da encosta atlântica. Fora do Brasil, ocorre no Sul da Flórida, nos Estados Unidos, mas em matas secundárias.
Para começar, o nome popular, quaresmeira, deriva justamente do período em que ela floresce (entre janeiro e abril), época em que normalmente ocorre a Quaresma (os 40 dias que vão da quarta-feira de cinzas até domingo de Páscoa, destinados, pelos católicos e ortodoxos, à penitência).
Árvore brasileira pioneira, sobretudo da Mata Atlântica, ela também é conhecida pela profusão de flores que vão do cor-de-rosa ao lilás (às vezes roxo). Muito aplicada em canteiros e praças públicas, a quaresmeira tem um forte apelo paisagístico, até em função de sua beleza durante a floração.
É também usada na recomposição de áreas degradadas, em função de produzir anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
Conhecida ainda pelos nomes de flor-da-quaresma e quaresmeira-roxa, sua madeira também pode ser aplicada na confecção de objetos leves como brinquedos e caixas.
Autor: Instituto de Engenharia