Prefeitura de SP anexa galeria Prestes Maia

A inauguração foi em 1940, com a presença do presidente Getúlio Vargas. Era um espaço cultural e artístico, mas também uma ligação entre os 'altos' e 'baixos' do vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo.

Agora, a galeria Prestes Maia vai virar um anexo do edifício Matarazzo, sede da prefeitura. O complexo inclui ainda o antigo hotel Othon, na rua Líbero Badaró -que a prefeitura desapropriou para abrigar secretarias municipais-, e duas passagens subterrâneas, que farão a interligação entre os três locais.

A galeria, de 6.000 m2, tem várias salas de exposições. Após a reforma -que não tem orçamento nem datas-, ficará com apenas uma, de 2.000 m2, e auditórios.

O maior dos auditórios terá cerca de 700 lugares e será usado para os principais eventos da prefeitura. Os demais serão destinados ao treinamento de servidores.

E a ideia é que, após sete anos sem mostras, o local volte a ter exposições de arte.

Para entrar na galeria, que é aberta à população durante o dia, será preciso passar por catracas. A prefeitura diz que o objetivo é apenas controlar o número de pessoas.

A ideia original, defendida publicamente pelo secretário da Cultura, Carlos Augusto Calil, era instalar no local a Coleção de Arte da Cidade de São Paulo. Não será. As exposições na galeria serão temporárias. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que ainda não sabe para onde irá a coleção municipal, mas que isso será resolvido logo.

Superintendente da Associação Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida diz que a recuperação da galeria Prestes Maia é um bom presságio para a cidade.

Para ele, a prefeitura poderia usar o local para exposições sobre a 'São Paulo do futuro', como o projeto SP 2040 (que a prefeitura faz com a USP), as novas operações urbanas, a Nova Luz e a revitalização do centro.

Kassab disse que a anexação da galeria, assim como a do antigo hotel Othon, vão permitir à prefeitura melhorar a qualidade de seus serviços e trazer mais secretarias para a região central, o que também ajuda a revitalização do centro.

Autor: Folha de S.Paulo