A tecnologia por trás dos dummies

Quem pensa que um dummy de crash test não passa de um boneco desengonçado precisa rever essa ideia. Os modelos mais modernos são equipados com sensores e se comunicam com computadores.

Cada boneco da nova geração de dummies pode vir com 70 a 80 sensores, dependendo do tamanho, para leitura e transmissão em tempo real de tudo o que acontece durante um teste de impacto.

Graças a essas informações, engenheiros e cientistas especializados em biomecânica têm condições de comparar os resultados obtidos no teste real com aqueles alcançados em simulações de computador. A partir daí, é possível avaliar a eficácia dos sistemas de segurança e da estrutura do veículo testado.

No laboratório de dispositivos de testes antropomórficos (ATD) da General Motors, nos Estados Unidos, os novos dummies enviam informações em taxas de 10 mil vezes por segundo. “Desenvolvemos esses novos bonecos de modo que eles possam reproduzir ao máximo o que aconteceria com uma pessoa real em caso de acidente”, explicou Jack Jensen, engenheiro de segurança responsável pelo laboratório de ATD da GM, em comunicado distribuído pela empresa.

Segundo Jensen, os dados obtidos por meio dos dummies ajudam os especialistas a prever os riscos de lesões em casos de acidentes reais. “Quanto mais realista o dummy for, mas precisos serão os testes de impacto”, afirma.

Um dummy de nova geração custa, em média, 500 mil dólares cada e há diferentes tamanhos, que vão desde um bebê até o de mulheres e homens adultos com altura e porte físico variados.

Autor: Depois da Roda