No último dia 12 de outubro comemorou-se o Dia do Engenheiro Agrônomo.
A profissão de engenheiro agrônomo, que existe desde o limiar da história da Humanidade, quando o homem iniciou o cultivo para garantir sua subsistência, comemorou no dia 12 deste mês mais um ano de existência e reconhecimento. No Brasil, em 1859 foi fundado o Imperial Instituto Baiano de Agricultura, cujo objetivo era desenvolver uma tecnologia que substituísse a mão de obra escrava e melhorasse a produção das lavouras. Anos mais tarde, em 1910 foi criado e regulamentado oficialmente o ensino de Agronomia, sendo o reconhecimento da profissão de engenheiro agrônomo concretizado no dia 12 de outubro de 1933.
Se compararmos o profissional da década de 1930 com os de hoje, vemos que muita coisa mudou e continua a mudar em ritmo acelerado. O leque de atuação desse profissional foi muito ampliado nos últimos anos. Agricultura orgânica, meio ambiente, licenciamento ambiental, recuperação e preservação de bacias hidrográficas, entre outras atividades que outrora não possuíam muita relevância na atuação do recém-formado e muito menos dos profissionais experientes, agora são perseguidas por muitos deles.
O perfil do novo engenheiro agrônomo está ligado a um novo panorama energético, um cenário de globalização e mudanças organizacionais, e essa nova realidade envolve a conjuntura nacional e internacional, responsabilidade social e ambiental. Nesse contexto, o profissional do futuro será aquele que está voltado para a multidisciplinaridade envolvendo tecnologias de precisão, associadas com a tecnologia da informação, visando agregar valor às cadeias produtivas.
O desafio também é grande para as escolas formadoras, pois o projeto pedagógico do curso de engenharia agronômica deve estar sempre ajustado às demandas. As escolas devem ficar atentas e flexibilizar as mudanças durante o curso, pois, durante período de cinco anos, que é exigido para a formação do profissional da área agronômica, as demandas da sociedade mudam.
Pensando justamente nesse cenário de transição, a Aeasp – Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo e o Clube dos Agrônomos de Campinas (CAC) tomaram a iniciativa de criar o projeto Agronomia em Transformação, evento realizado nos dias 15 e 16 de outubro, sendo o primeiro com palestras com objetivo de promover a capacitação e reciclagem técnica, realizado no IAC, e o encerramento no dia seguinte com a tradicional confraternização dos engenheiros agrônomos no CAC. Informações podem ser obtidas no site www.aeasp.org.br ou junto à Aerc – Associação de Engenharia, Arquitetura, Agronomia a Geologia de Rio Claro.
Autor: André Arnosti, engenheiro agrônomo, doutorando pela Unesp/Rio Claro, membro da diretoria da Aerc e inspetor do Crea/SP para o Jornal Cidade