Obra para implantação do monotrilho é de interesse público, diz Metrô

O Metrô disse que a implantação do monotrilho da linha 17-ouro é fundamental para o Morumbi e que a opção pelo monotrilho representa baixo impacto ambiental e em número de desapropriações. Ressaltou ainda que, caso haja questionamentos na Justiça, “tomará as medidas cabíveis com o objetivo de garantir o interesse público”. 

Para a implantação, o metrô planeja desapropriar ao menos 50 casas de alto padrão, postos de gasolina, cafeteria e até áreas de dois empreendimentos imobiliários que ainda estão em fase de lançamento.

No EIA-Rima (estudo de impacto ambiental), a companhia afirma que o projeto foi elaborado de forma a minimizar o número de desapropriações necessárias –esse foi um dos motivos de o governo optar pelo monotrilho, que pode trafegar sobre vias públicas já existentes.

As áreas desapropriadas, de acordo com a companhia, serão utilizadas para a construção das estações, dos acessos, dos edifícios de apoio e dos pátios, além da projeção das vias elevadas por onde trafegam os trens.

Afirmou, ainda, que algumas das estações foram projetadas sobre áreas públicas, exatamente para reduzir o número de desapropriações necessárias para a obra.

AJUSTES

O Metrô disse, ainda, que as áreas desapropriadas “poderão ainda sofrer alterações e pequenos ajustes, sobretudo quando consolidar o projeto executivo”, primeiro passo para definir exatamente o traçado e a localização das estações.

A partir do projeto executivo –que será feito por empresa que vencer licitação do Metrô–, será iniciado o processo de desapropriação com a publicação de decreto que torna as áreas de utilidade pública. Segundo a companhia, é essa a “ocasião na qual o Metrô fará contato direto com os desapropriados.”

O diagnóstico dos blocos de desapropriação, diz a empresa, foi embasado em dados primários levantados em campo em junho e levou em conta normas técnicas e estudos sobre o setor imobiliário.

O Metrô ressaltou que a obra será importante para a região porque ela fará a ligação da rede sobre trilhos ao aeroporto de Congonhas e a conexão com as linhas 1-azul e 4-amarela. A expectativa é que 250 mil usuários utilizem a linha 17-ouro diariamente.

Autor: Folha de S.Paulo