Os vestibulares de 2011 trazem novas opções de curso. Um deles é a graduação em engenharia de nanotecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), direcionado a estudantes interessados em desenvolver materiais na escala dos átomos e das moléculas. Já os moradores do interior de São Paulo poderão fazer o curso técnico em produção de vinhos e enologia na Escola Técnica (Etec) Benedito Storani, em Jundiaí, a partir de agosto de 2011.
O curso de engenharia de nanotecnologia será oferecido no vestibular do primeiro semestre de 2011. Segundo a PUC-Rio, o curso é o primeiro da América Latina e o sexto do mundo. O técnico em produção de vinhos e enologia, que tem dois anos de duração, é o segundo do país, de acordo com o diretor da Etec, Eduardo Alvarez. Outro curso do tipo só existe no Rio Grande do Sul.
De acordo com o coordenador do curso de engenharia de nanotecnologia da PUC-Rio, professor Marco Aurélio Cavalcanti Pacheco, o diferencial dos formados no curso será o conhecimento na manipulação e controle de materiais na escala atômica e molecular. “É uma enorme vantagem porque as nanotecnologias produzem inúmeras inovações”, disse o professor.
Várias áreas da indústria precisam de profissionais especializados, como fabricantes de cosméticos, de eletrônicos, de fertilizantes, de fármacos e de tintas, segundo Pacheco.
A formação tem uma base científica forte, como as outras engenharias, com o estudo de química, física, materiais e biologia. O enfoque será dado às nanociências. “O profissional tem um conhecimento mais abrangente, menos especializado e sai pronto para qualquer área do setor produtivo”, disse Pacheco. A duração do curso é de 4 anos e meio.
Vinhos
O enfoque do curso de vinhos da Etec Jundiaí serão as técnicas para produção, como implantação do parreiral, espécies adaptadas à região de Jundiaí, sistema de poda, colheita e processamento. Além disso, haverá aulas sobre a fase enológica, como rotulagem e condicionamento.
Segundo o diretor, a ideia do curso surgiu em discussões com produtores da região de Jundiaí. “Tudo começou em pequenos cursos com produtores rurais”, disse Alvarez. Para o curso começar, precisam chegar à escola equipamentos para laboratório.
Foguetes
Quem tem interesse em foguetes pode ainda buscar uma das dez novas vagas do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que abriu o curso de engenharia aeroespacial.
O curso foi criado para atender as necessidades do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), dos ministérios da Defesa e de Ciência e Tecnologia, segundo o coordenador do curso, professor Ezio Castejon. “O curso vai atender as áreas críticas de foguetes, satélites e campos de lançamento”, disse o professor. A previsão é que as dez vagas abertas cheguem a 25 ou 30 em dois anos.
Como outros cursos de engenharia, os estudantes fazem disciplinas gerais de engenharia nos dois primeiros anos e começam a se especializar no terceiro. O curso dura cinco anos.
Os temas abordados estarão dentro de três grandes áreas, que são navegação e guiamento, propulsão e aerodinâmica e eletrônica para aplicações espaciais. As inscrições para o vestibular do ITA estão abertas até 15 de setembro.
Autor: G1