Termina leilão de Belo Monte; diferença de preço fica em pelo menos 5%

Durou poucos minutos o leilão da usina de Belo Monte. A proposta vencedora apostou em um preço da energia pelo menos 5% abaixo da concorrente. O resultado ainda não foi divulgado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O TRF 1ª Região (Tribunal Regional Federal) derrubou há pouco a liminar determinada pela Justiça Federal em Altamira (PA) contra o leilão da usina hidrelétrica.
A liminar cassada hoje contestava pontos do licenciamento ambiental aprovado pelo Ibama em fevereiro para o empreendimento, um dos mais estratégicos do governo Lula. Belo Monte, se construída, será a segunda maior usina hidrelétrica do país, atrás apenas da binacional Itaipu, e está orçada em R$ 19 bilhões.

Segundo a agência reguladora, dois consórcios fizeram o aporte de R$ 190 milhões (1% do investimento total). São eles:

1º Consórcio Norte Energia (nove empresas):
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), com 49,98%
Construtora Queiroz Galvão S/A, com 10,02%
Galvão Engenharia S/A, com 3,75%
Mendes Junior Trading Engenharia S/A, com 3,75%
Serveng-Civilsan S/A, com 3,75%
J Malucelli Construtora de Obras S/A, com 9,98%
Contern Construções e Comércio Ltda, com 3,75%
Cetenco Engenharia S/A, com 5%
Gaia Energia e Participações, com 10,02%

2º Consórcio Belo Monte Energia (seis empresas):
Andrade Gutierrez Participações S/A, com 12,75%
Vale S/A, com 12,75%
Neoenergia S/A, com 12,75%
Companhia Brasileira de Alumínio, com 12,75%
Furnas Centrais Elétricas S/A, com 24,5%
Eletrosul Centrais Elétricas S/A, com 24,5%

A usina de Belo Monte terá capacidade instalada de 11.233,1 MW (megawatts). O início da geração está previsto para fevereiro de 2015. Será vencedor o consórcio que oferecer a menor tarifa. Com investimentos previstos de R$ 19 bilhões, o preço-teto por megawatt-hora era de R$ 83.

Autor: Folha de S.Paulo