Campeões, os dois carros dos estudantes da FEI chamaram a atenção na SAE BRASIL-PETROBRAS, que terminou neste domingo (28), com a participação de 54 equipes de quase todo o País
São Bernardo do Campo, março de 2010 – Pela sexta vez, os estudantes do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) venceram a Competição SAE BRASIL-PETROBRAS, que terminou neste domingo (28), em Piracicaba, interior de São Paulo. Além do primeiro lugar, a FEI também conquistou a segunda colocação. A equipe FEI Baja 1 venceu a competição com 900,80 pontos, seguida pela equipe FEI Baja 2 com 855,55 pontos. Com o resultado, a FEI irá disputar a Baja SAE Carolina, que será realizada pela SAE International, de 8 a 11 de abril de 2010, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos.
Nas sete homenagens prestadas pela SAE BRASIL às equipes que se destacaram na 16ª Competição SAE BRASIL-PETROBRAS, os estudantes da FEI ganharam seis troféus: Melhor Projeto (equipe FEI Baja 2, Melhor Apresentação de Projeto (equipe FEI Baja 1), Melhor Velocidade Máxima (equipe FEI Baja 2) (60 km/h), Melhor Aceleração (equipe FEI Baja 1), Melhor Suspension&Traccion (equipe FEI Baja 2) e Melhor Enduro de Resistência, sendo que a equipe FEI Baja 1 fez 55 voltas em 4 horas de prova. A FEI é a instituição com maior número de títulos na modalidade: tricampeã mundial (2004, 2007 e 2008) e agora hexacampeã nacional (2001, 2002, 2005, 2007, 2009 e 2010).
“Concorrer com as melhores universidades do Brasil e ganhar é muito bom. A paixão pelo Baja é uma tradição que os veteranos passam para a gente e eu espero passar essa experiência adiante”, explicou Cássio de Assis, formando de Engenharia Mecânica Automobilística e capitão da equipe FEI Baja 1.
Os estudantes de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica, do Centro Universitário da FEI, levaram para a 16ª Competição SAE BRASIL-PETROBRAS os bajas Dipton e Zaya, projetados com diversas inovações tecnológicas. Os protótipos possuem a tecnologia wireless (sem fio) para acompanhamento de dados, carenagem feita com garrafas PET e fibra de Curauá, uma planta da família do abacaxi e originária da região do Pará, além de novo sistema de transmissão.
Com recurso wireless, o piloto tem em tempo real, numa tela de LCD acoplada ao volante, informações como carga de bateria, tempo do motor ligado, velocidade e rotação. Outra novidade foi a redução no sistema de transmissão. Os veículos, que possuíam apenas uma marcha, disputaram a competição com duas. Os sistemas de freios dos carros, pela primeira vez, foram projetados pelos alunos, nos laboratórios da FEI. “Foi excelente ficar em segundo lugar, mas também foi muito difícil. Ao obtermos os melhores resultados em quase todas as provas, vamos com toda essa vontade para os Estados Unidos buscar o penta para o Brasil”, afirmou Walace Chicuta, aluno de Engenharia Mecânica e capitão da equipe FEI Baja 2.
Na busca de materiais ecológicos, os alunos adotaram fibra de Curauá na laminação do banco, e também modificaram o assoalho estrutural com o uso de honeycomb, fibra de carbono e bucha de kevlar. Além de tecnologia GPS, os veículos possuem sistema de telemetria, que gerencia e transfere ao box, em tempo real, informações como velocidade, rotação do motor, níveis da bateria e do tanque de combustível.
Os carros também são equipados com placas para o aproveitamento de energia solar para carregar as baterias, dispensando a utilização da energia do motor. As placas levam cerca de cinco horas para ser recarregadas, com recarga após 12 horas de uso. Os faróis de lâmpadas LED também são alimentados por energia solar.
Os bajas foram submetidos a testes de tração, aceleração, velocidade máxima e um enduro de quatro horas, em pista de terra cheia de obstáculos, na qual carros e pilotos são desafiados no aspecto resistência. Antes disso, as equipes apresentaram o projeto para uma banca de juízes, especialistas da indústria. A terceira colocada na competição nacional foi a equipe Poli Titan, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), com 769,65 pontos.
Autor: Companhia de Imprensa