Estamos chegando ao final do nosso ano hidrológico atípico por conta da forte influência que sofreu do fenômeno “El Niño”, o grande responsável pelos deslizamentos de encostas com as suas lamentáveis conseqüências. Porém não teve toda essa influência sobre as enchentes porque as precipitações ocorridas, mesmo nesse período chuvoso, não ultrapassaram as intensidades que são consideradas nos projetos de drenagem urbana.
Daí se conclui que as enchentes que vem sendo observadas e que juntamente com os deslizamentos tem ocupado as manchetes da mídia são decorrentes basicamente da falta de capacidade dos sistemas de drenagem (galerias, canais, piscinões, córregos e rios), ou seja, a metrópole não está preparada para absorver as enchentes que todos os anos ocorrem durante o período chuvoso.
É evidente que essa falta de capacidade se deve à deficiência dos investimentos uma vez que as enchentes não tem se constituído em prioridade dos governos responsáveis.
É importante observar que a mídia, visivelmente mais bem informada, está dificultando bastante a divulgação de informações simplistas e tendenciosas como é o caso de tentar transferir as responsabilidades para São Pedro e também para os próprios contribuintes que são mal educados e jogam lixo na rua: o sistema de coleta de lixo é considerado irrepreensível!!.
Com certeza a ação da mídia tem conseguido mobilizar as autoridades que nesses últimos 2 meses passaram a demonstrar uma série de preocupações com o problema. Até os vereadores estão se movimentando para criar uma CPI das enchentes.
Vamos ver como fica a situação quando as enchentes saírem das manchetes. E já estão saindo.
Retomaremos o problema no próximo verão.
Autor: Julio Cerqueira Cesar Neto