Governo quer acelerar obras da Transnordestina

O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, disse que, a partir de julho, serão aceleradas as obras da Ferrovia Transnordestina nos Estados do Ceará, de Pernambuco e do Piauí. Na manhã de quarta-feira, ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar das obras tocadas por seu ministério.

Durante o pico das obras da ferrovia, no segundo semestre deste ano, com ação em todos os trechos, deverão ser gerados 7 mil empregos diretos, informou o ministro. A Transnordestina terá 1.730 quilômetros e deverá custar R$ 5,4 bilhões.

Plano 

A ferrovia fará a ligação dos centros de produção de grãos, de gesso, de avicultura e de agricultura irrigada do semiárido nordestino área com as maiores dificuldades socioeconômicas do País aos Portos de Suape, em Pernambuco, e o de Pecém, no estado do Ceará. Ele deverá ter ainda uma conexão com a Norte-Sul, de acordo com o Plano Ferroviário.

Investimento

A Sudene liberou, no último dia 12 deste mês, a primeira parcela de recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para a implantação da Ferrovia Transnordestina, no valor de R$ 366,6 milhões, que serão destinados às obras dos trechos Missão Velha-CE/Salgueiro-PE, Salgueiro-PE/Trindade-PE e Salgueiro-PE/Suape-PE.

Segundo informações da Diretoria de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, até o final deste ano deverão ser concluídos os trechos da ferrovia nos estados de Pernambuco, Piauí e Alagoas, além de parte do trecho Missão Velha/Pecém (CE).

A ferrovia deverá ficar pronta até setembro de 2011. O investimento total previsto para a implantação da Transnordestina é de R$ 5.340,2 milhões, dos quais a Sudene participa com R$ 2.672,4.

A Sudene também liberou a última parcela de recursos destinados à implantação da eólica Paracuru, localizada em Paracuru (CE), no valor de R$ 16,2 milhões. A participação da Superintendência chega a R$ 60,4 milhões dos R$ 101,8 milhões inicialmente previstos para o projeto, cuja capacidade nominal instalada é de 23,4 MW.

Necessidade de obras

O País precisará de R$ 54,5 bilhões em obras ferroviárias até 2025, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes. A maior parte dos recursos (R$ 39,7 bi) deverá ser aplicada na construção de novos trechos. O restante, dividido entre duplicação, recuperação e eliminação de gargalos.

Veja dados técnicos.

Autor: Diário do Nordeste