Obra da hidrelétrica de Simplício realiza segunda etapa do desvio do rio

FURNAS e o Consórcio Construtor Simplício acabam de realizar o desvio do rio Paraíba do Sul que, a partir de agora, passará pela estrutura do vertedouro da Usina Hidrelétrica de Anta. O empreendimento é integrante do Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) de Simplício, que está sendo construído por FURNAS no rio Paraíba do Sul, na divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Essa manobra permitirá a conclusão da barragem de 29,5 m de altura e 260 m de extensão, que será construída com a tecnologia de Concreto Compactado com Rolo (CCR), mais rápida e econômica, pois reduz em 50% o consumo de cimento por metro cúbico de concreto. Cumprida essa etapa, o próximo passo será o enchimento do reservatório, a partir de 1º. de outubro de 2010, e a operação da primeira máquina, prevista para dezembro do mesmo ano.

Integrante do Programa de Aceleração do Crescimento, o AHE Simplício terá capacidade instalada de 333,7 MW, energia suficiente para abastecer 800 mil habitantes. Com investimentos de R$ 2,2 bilhões de recursos de FURNAS e financiamento do BNDES, o empreendimento irá gerar, até sua conclusão, 14 mil empregos diretos e indiretos. 

Receita de 14,5 milhões

Desde que começou a ser construída, em janeiro de 2007, Simplício já repassou mais de R$ 14,5 milhões para os municípios abrangidos pela obra: Sapucaia,Três Rios (RJ), Além Paraíba e Chiador (MG). E quando entrar em operação, a usina continuará contribuindo para a receita das cidades pelo recolhimento da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos (CFURH), o royalty da água, que também é repassado para estados e órgãos da União.

Considerando o valor de R$ 62,33 por MWh da Tarifa Atualizada de Referência (T.A.R.) para 2009, cada município receberia, hoje, as seguintes quantias: Além Paraíba, R$ 498,56 mil; Chiador, R$ 1,2 milhão; Sapucaia, R$ 32,05 mil; e Três Rios, R$ 991,78 mil. Além desses valores, os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro ainda receberiam, juntos, R$ 2.818,65 milhões. 

O AHE Simplício é composto por duas usinas (Anta e Simplício) com uma barragem de concreto, duas casas de força, um vertedouro e uma série de canais, túneis, diques e reservatórios. Trata-se de um projeto de engenharia único na história de FURNAS, pois o empreendimento se distribui ao longo de cerca de 30 km.

Em janeiro de 2007, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu Licença de Instalação a FURNAS, permitindo o início das obras e respectivos programas ambientais associados. Para realizar a construção do empreendimento, foi contratado o Consórcio Construtor Simplício (CCS), formado pelas empresas Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. Já o fornecimento e a montagem dos equipamentos eletromecânicos serão realizados pelo Consórcio Fornecedor Simplício (CFS), integrado pelas empresas Impsa e Inverall. Com a Engevix Engenharia S/A estão o desenvolvimento dos projetos básico de engenharia, básico ambiental e executivo de engenharia. 

Localização …………..rio Paraíba do Sul (RJ)
Potência………. 333,7 MW
Empregos ……………..14 mil diretos e indiretos
Data estimada para geração………….. Dezembro 2010 (1ª unidade)
Investimento …………….R$ 2,2 bilhão
Número de turbinas ………….5
Extensão das obras………………. 30 km
Capacidade de geração……………….. 2ª maior do Estado do Rio de Janeiro
Acréscimo na capacidade de oferta de energia hídrica no estado do Rio de Janeiro ………..28%
Reflorestamento…………… 1.200 hectares, quatro vezes mais do que a vegetação que foi suprimida

Programa ambientais e fundiários

FURNAS já está desenvolvendo parte dos 38 programas e subprogramas previstos no Projeto Básico Ambiental (PBA). Algumas destas ações são o monitoramento e resgate da fauna, o monitoramento da ictiofauna (peixes, moluscos e plâncton), a conservação da flora e recomposição da vegetação (1.200 hectares serão reflorestados, contra 300 que terão sua vegetação suprimida), a recuperação de áreas degradadas e a recuperação do patrimônio arqueológico.

Como em todos os empreendimentos em que está à frente, FURNAS segue um padrão de procedimentos para liberar as áreas necessárias à instalação do canteiro de obras, vias de acesso, áreas de empréstimo, bota-fora, reservatório e relocação de estradas. As indenizações são pagas em dinheiro aos proprietários (terras, culturas e construções) e na forma de compensação social – processos de autorrelocação e de reassentamentos monitorados – a populações desamparadas

Autor: Furnas