Você provavelmente já deve conhecer o LED, mas na certa nem dá muito valor para ele. Este componente teve suas primeiras aparições na década de 60 e surpreendeu a todos, porque até então não havia nenhum componente eletrônico que emitisse luz pró-pria. A princípio, o LED teve poucas aplicações, porque ele emitia pouca luz, fator que limitou o componente a função de indicador de energia — função que ele executa até hoje em muitos aparelhos eletrônicos.
Evidentemente, o LED evoluiu muito nestes quase 50 anos de vida que já tem. Atualmente, ele está presente em tantos aparelhos que você nem imagina. Desde celulares, passando por câmeras digitais e chegando até os televisores. Isso mesmo, a mais recente conquista do LED foi a invasão no setor das televisões. Bom, saber que o LED é necessário em nossas vidas, todos já sabem, mas como será que ele funciona? Qual é o futuro deste pequenino componente? O Baixaki hoje vai lhe mostrar um pouco sobre a tendência que o LED deve seguir daqui para frente, acompanhe.
O que é um LED? Como ele funciona?
O LED é um componente eletrônico, mais precisamente, um diodo semicondutor. O funcionamento do LED é relativamente simples, sendo que ao receber energia ele emite luz. Diferente da maioria dos componentes eletrônicos, que liberam energia através do calor, o LED consegue liberar a energia excedente na forma de luz. Antigamente, os LEDs só emitiam luzes coloridas, porque tinham uma carcaça colorida, a qual quando iluminada pelo raio produzido pelo LED, fornecia uma cor específica.
Com a evolução do processo de construção do LED, estes componentes passaram a emitir luzes em cores diferentes, mesmo tendo uma carcaça transparente. Além disso, surgiram os LEDs capazes de reproduzir várias cores, sendo assim, um mesmo componente poderia criar centenas ou até milhares de cores diferentes. Claro que para isso, a tecnologia no componente evoluiu muito, mas o modo de funcionamento continuou quase o mesmo. Através de um controle de alta precisão na corrente elétrica, o LED consegue emitir tonalidades de cores diferentes, o que se tornou um fator muito importante para as novas tecnologias que têm aderido este pequenino item da eletrônica.
Iluminação através de LEDs
Um fator que tem feito as fabricantes investirem forte em pesquisas para iluminação com LEDs é a alta qualidade que elas proporcionam. Além de serem muito mais econômicas e iluminarem com maior eficiência, as lâmpadas de LED tendem a ter uma vida útil muito maior. Todavia, até que o processo de fabricação torne-se mais barato, estas lâmpadas não devem chegar ao público geral.
LEDs terão seu modo de fabricação alterado
O que torna a iluminação através de LEDs muito cara são os materiais utilizados no processo de fabricação. Os LEDs que emitem as cores verde e azul são os que custam mais caro, porque necessitam de um cristal de safira para reproduzir as cores na sua melhor qualidade. Contudo, com a nova descoberta de pesquisadores da Universidade de Purdue (nos EUA), há um meio de substituir o cristal de safira pelo bom e velho silício.
Apesar dos diversos aparelhos em que os LEDs vêm ganhando presença, acredita-se que o verdadeiro triunfo desta tecnologia seja em outro setor: a iluminação. Por muito tempo os cientistas vêm pesquisando e trabalhando em diversos projetos para inovar e criar uma lâmpada que funcione através de LEDs. Até o presente momento, já existem algumas lâmpadas que funcionam através de LEDs e, aliás, funcionam muito bem. Contudo o grande problema não está na adaptação, ou na demora da tecnologia ser suficiente para prover uma boa iluminação, porém o problema consiste no elevado preço que é cobrado por essas lâmpadas.
As atuais LED lights (lâmpadas de LED) proporcionam uma iluminação excelente e o melhor, funcionam em várias cores. Algumas empresas, como a Philips, vêm fabricando produtos desse tipo em larga escala, entretanto ainda não há um público definido para tais lâmpadas. Apesar de elas utilizarem os mesmos bocais que as lâmpadas incandescentes e fluorescentes, elas ainda não estão custando o mesmo preço para ser algo compensador. Confira o vídeo abaixo, que mostra um pouco do poder da iluminação por LED lights.
A nova técnica com o silício deve resolver o problema do cristal de safira, mas aí teria um problema com outro componente: o nitreto de zircônio. Este componente serve para refletir a luz produzida, todavia ele é muito instável junto com o silício. Claro que, os cientistas já resolveram o problema, graças ao nitreto de alumínio, que consegue deixar a relação entre silício e zircônio estável e funcional, o LED poderá custar muito mais barato e ser produzido em larga escala.
Aplicações do novo LED
Evidentemente, a técnica de utilizar o silício como componente principal dos novos LEDs terá diversas aplicações. Além da redução no custo, esta nova técnica possibilitará o desenvolvimento de lâmpadas ainda mais frias, e possivelmente mais econômicas. Deste modo, as fabricantes de LED poderão investir mais na área dos LEDs e produzir produtos mais inteligentes, eficientes e baratos. Telas de OLED, televisores e muitos outros aparelhos eletrônicos devem ter seus custos reduzidos, uma vantagem que o consumidor sentirá no bolso.
Autor: Terra