Projeto separa estruturalmente blocos de laboratórios da parte administrativa e de serviços do edifício. Solução permitiu o alcance das condições térmicas e de vibrações exigidas para a obra
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) iniciou as obras de terraplenagem do seu novo prédio na Cidade Universitária, em São Paulo. Projetado pelo escritório Piratininga Arquitetos Associados, o edifício de 8 mil m² abrigará os laboratórios de bionanotecnologia do instituto. O investimento é de R$ 21 milhões.
O projeto arquitetônico da nova unidade foi criado a partir de duas premissas: que a obra fosse o mais racional possível e que levasse em consideração a sensibilidade dos laboratórios a serem instalados no edifício com relação ao conforto térmico, vibrações e instalações especiais. “Devido a estas condicionantes, desenvolvemos um projeto que separa estruturalmente as funções do programa em dois blocos internos, um para os laboratórios e outro para a parte administrativa e de serviços. Dessa forma, conseguimos alcançar as condições térmicas e de vibrações exigidas para os laboratórios”, conta José Armênio de Brito Cruz, arquiteto que participou da elaboração do projeto.
Entre os dois blocos ficará o hall de entrada do edifício e o auditório especial para pesquisadores. “O prédio será construído em estrutura pré-moldada de concreto e só terá estrutura metálica na cobertura e conexão entre os blocos. Vale lembrar também que, apesar de a administração e os laboratórios serem separados, haverá uma única cobertura para o edifício”, ressalta Cruz.
A implantação do empreendimento levou em consideração os desníveis do terreno, fazendo com que o bloco de laboratórios ficasse com quatro andares e o da administração com três. Os arquitetos também projetaram a fachada envidraçada voltada para o sul do terreno para que a alta incidência de energia solar não atrapalhasse o conforto térmico dos laboratórios.
A nova unidade do IPT abrigará as seguintes áreas: biotecnologia (desenvolvimento com organismos vivos), tecnologia de partículas (microencapsulação de componentes químicos e terapia medicinal, como em cosméticos), micromanufatura de equipamentos (como reatores micrométricos) e metrologia. A previsão é de que a obra seja entregue em 2011, quando o IPT receberá ainda um investimento de R$ 25 milhões para a compra dos equipamentos laboratoriais.
Autor: PINIWeb