Ecologia combina com tecnologia?

5% do lixo sólido produzido vem do descarte de eletrônicos; empresas e governos tentam reverter esta situação

O acúmulo de peças de aparelhos eletrônicos descartados já soma 5% de todo o lixo sólido produzido no mundo, de acordo com o Greenpeace. Este número é praticamente igual à quantidade de plástico despejada no meio ambiente. O agravante é que o lixo eletrônico cresce cerca de 5% ao ano – até três vezes mais que a média de todo o lixo produzido.

O tema será discutido na Conferência da ONU sobre Mudança Climática que acontece no mês que vem em Copenhague, na Dinamarca. E não é só o destino final dos aparelhos eletrônicos que ocupa a pauta da reunião: o rastro de carbono deixado pela fabricação e utilização desses eletrônicos também preocupa. 

Desde 2008 a Apple oferece em seu site estudos atualizados sobre o impacto ambiental de cada um de seus produtos. A empresa revela ainda que quase 40% de todo dano ao meio ambiente causado por eletrônicos acontece ainda na fase de fabricação, enquanto pouco mais de 50% dessa poluição surge durante o consumo do produto.

O Greenpeace mantém um ranking das empresas que menos agridem o meio ambiente, liderado pela Nokia. Inovações tecnológicas, como o PC sem PVC da HP, são premiadas, enquanto grandes empresas (como o Google, que não revela seus níveis de emissão) são pressionadas a oferecer maior transparência sobre suas políticas ecológicas.

Cada um pode fazer a sua parte na reciclagem e encaminhamento dos equipamentos obsoletos. Os aparelhos quebrados devem ser descartados de forma responsável. Jamais jogue pilhas e baterias no lixo comum. Elas devem ser descartadas em um posto de coleta. Fabricantes de celulares mantém esses postos em hipermercados, shopping centers e assistências técnicas.

Se o aparelho for pequeno, retire os componentes internos e jogue a carcaça nas lixeiras específicas para plásticos. As placas podem ser descartadas em algumas assistências técnicas, e como possuem materiais valiosos, podem ser direcionadas a centros de reciclagem.

Autor: Estado.com