Importante ferramenta de suporte à fiscalização na Amazônia, o sistema DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indica que no mês de setembro 400 km2 da floresta sofreram corte raso ou degradação progressiva.
Deste total, 134 km2 foram registrados no Mato Grosso e 133 km2, no Pará. Confira aqui o relatório sobre os dados (http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/Deter_200909.pdf)
A cada quinzena, os dados do DETER são enviados ao Ibama, responsável pela fiscalização das áreas. O sistema indica tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do DETER não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. Pelo mesmo motivo, os técnicos do INPE não recomendam a comparação entre dados de diferentes meses e anos.
O sistema DETER
Em operação desde 2004, o DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) é um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. É importante destacar que a taxa anual de desmatamento é aferida por outro sistema, o PRODES, também do INPE, cujos dados estão disponíveis em www.obt.inpe.br/prodes.
Com o DETER, é possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o DETER utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro CBERS, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.
Contudo, a menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos. Todos os dados do DETER são públicos e podem ser consultados no sitewww.obt.inpe.br/deter
Autor: Envolverde