O controle do transporte da luz a longa distância sempre representou um desafio tecnológico, superado quando Charles Kao conseguiu criar as fibras óticas a base de quartzo e silício, que hoje são a base das telecomunicações modernas.
O transporte de luz capturada dentro de uma fibra é utilizado na Medicina desde os anos 1930 para iluminar, por exemplo, o estômago de um paciente. Mas a luz se dissipava quanto as fibras se tocavam e não podia ser transportada a longa distância.
Com a invenção do laser no início dos anos 60, a informação passa a ser codificada por uma luz sob a forma de “flashes” muito rápidos e próximos – a alternância entre a emissão e a falta de emissão de luz se transforma em um sisetma binário, em 0 ou em 1. Mas a perda continuava sendo enorme, já que apenas 1% da informação era recuperada após uma distância de 20 m.
Neste contexto, Charles Kao, que trabalhava no Standard Telecommunication Laboratories de Londres, criou em 1966 fibras ultrafinas de quartzo e de silício muito puras.
Em 1971, uma fábrica de vidro americana, Corning Glass Works, produziu uma fibra de 1 Km de comprimento. Estas fibras óticas se mostraram muito sólidas e flexíveis. Ao contrário dos cabos de cobre, não eram afetadas pelos raios.
Atualmente, 95% da luz pode ser conservada em uma fibra ao longo de 1 Km. As propriedades das fibras óticas dependem de seu tamanho, dos materiais que estão constituídas e dos tamanhos de onda utilizadas: a luz infravermelha, de 1,55 micrometro (a milésima parte do mm) é utilizada atualmente para as comunicações de longa distância porque oferece uma perda mínima de informação.
Na comparação com as ondas de rádio, as ondas luminosas levadas por fibras óticas transportam dezenas de millhares de vezes a mais de informações. As bandas largas obtidas com as fibras óticas são utilizadas para telefonia e televisão.
Autor: Terra