Demanda por profissionais é grande e remuneração média é R$ 6 mil. UFS é a segunda a oferecer o curso no Nordeste
Quando se fala em cursar alguma Engenharia, logo vem à mente que serão anos travados de batalhas com cálculos e fórmulas indecifráveis. Entretanto, é inegável que essa é uma área atraente aos olhos e bolsos de muita gente. Com a Engenharia de Petróleo não é diferente. O curso acaba de ser implantado na Universidade Federal de Sergipe (UFS) e promete ser um dos que mais atrairá interessados no próximo vestibular.
O professor Roberto Rodrigues, presidente da comissão que apresentou a proposta do curso, traça o perfil daqueles que desejam seguir a carreira. “É imprescindível que o estudante goste de matemática, física e, como não tem geologia no ensino médio, de geografia”, avisa.
Competências e mercado de trabalho
O engenheiro de petróleo é o profissional capaz de identificar campos do óleo, além de determinar mecanismos de perfuração, exploração e escoamento da produção. “Ao fim da atividade dos poços, ele também estará apto a lidar com os métodos necessários a recuperá-los”, acrescenta o professor.
Área de atuação vai além dos campos de extração e produção de petróleo
Além disso, o profissional estará capacitado para atuar com exploração e distribuição de gás natural, cimentação de poços, entre outros. Daí a importância de se desmistificar que apenas a Petrobras pode absorver os engenheiros.
“A concepção de empresa petrolífera no Brasil é a Petrobras, mas há uma série de organizações que prestam serviços para ela em vários ramos de atuação. Além disso tem as empresas brasileiras que atuam na área, mas em outros países”, diz o professor.
Em Sergipe, que possui alguns campos de exploração de petróleo e gás, as oportunidades também são grandes. De forma geral, como explica o docente, há uma demanda por profissionais em todo o mundo, já que o assunto petróleo é tendência.
“Estamos no auge da profissão, mas o estudante não pode se fechar a outras possibilidades. O aluno não pode estar iludido, mas se ele se mantém atento e bem informado ele pode ter um leque de oportunidades”, aconselha Roberto. A carreira, de acordo com ele, oferece uma média salarial de até R$ 6 mil.
Graduação
A formação em Engenharia de Petróleo tem duração mínima de cinco anos. Na UFS serão ofertadas anualmente 50 vagas. Além das disciplinas comuns a todas as engenharias, o graduando terá conhecimentos específicos no foco do curso que é a exploração e produção de petróleo.
Matérias como Escoamento Multifásico, Plataformas Continentais, Geologia, Geomorfologia, Exploração e Identificação de Poços de Petróleo farão parte do cotidiano do universitário.
No Nordeste apenas os Estados de Sergipe e Rio Grande do Norte oferecem o curso. “Geralmente as faculdades estão concentradas em áreas em que há a exploração de gás, por isso além da nossa região, apenas no Sudeste encontramos mais opções”, informa o professor.
Profissional deve ser enérgico
Diante das dificuldades na carreira, Rodrigues diz que a imobilidade é o maior problema para o profissional. “É importante que o engenheiro de petróleo se esforce e busque outros caminhos frente às crises, que são recorrentes do petróleo”, aconselha.
Para os estudantes, ele ressalta que os ganhos não devem tomar a prioridade para a escolha pela formação. “É importante que a pessoa se veja naquele trabalho. Ninguém deve pensar que as engenharias são difíceis, impossíveis, por isso o estudante deve se informar mais sobre a profissão”, pontua o professor.
Autor: Info Net