Durante o V Seminário – Geração de Energia e Desenvolvimento Sustentável -, promovido pelo Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, hoje (25/08) pela manhã na Fundação Mapfre, o secretário de Meio Ambiente do Estado do Estado, Francisco Graziano, fez uma importante abordagem sobre algumas questões ambientais no Estado de São Paulo.
Dois assuntos foram pauta de seu discurso e mexem diretamente com a questão ambiental. Um deles refere-se à ampliação das instalações portuárias da Baixada Santista. “É necessário garantir o ecossistema, tomando o cuidado que não foi tido no passado”, declarou. Para ele é importante a prática do desenvolvimento sustentável e não apenas a teoria. Por outro lado, a expansão do porto é imperativo da economia nacional, sendo necessário conciliar os dois vetores. A consciência da sustentabilidade é que irá garantir a única solução possível.
O outro se refere ao licenciamento de Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCH). Estas são instalações que, em tese, resultam em menores impactos ambientais e descentralizam a geração energética. Segundo o secretário, a questão das PCHs deve ser bem analisada. “A população local [onde vai ser construída a PCH] não aceita, porque há destruição da região onde, por exemplo, as pessoas vêem os locais como área de lazer, praticando rafting e ecoturismo. Como fazer para definir se faremos ou não a PCH? Isto é um dilema. A construção é sustentável ou não? Para a comunidade não”, enfatizou.
Graziano, levando os presentes a uma análise de consciência, questionou quem será decisivo para garantir a sustentabilidade do meio ambiente: o mercado ou as políticas públicas? Ou ambos? “O mercado sinalizará para as mudanças da economia ou o estado precisará impulsionar?” interrogou à platéia. É claro que a questão é extremamente complexa e passa pela qualidade de vida que se deseja.
Para ele, a economia verde exigirá participação fundamental do Estado, alavancando os setores da economia, especialmente por conta das fontes de alternativas energéticas, como eólica além da produção e utilização do hidrogênio, por não haver escala suficiente para a competição.
O secretário informou que a política estadual de mudanças climáticas será votada no mês de outubro. “Sugerimos à Assembléia Legislativa que a Matriz Energética de São Paulo, seja composta ainda mais por energias renováveis”. Atualmente, apesar da matriz energética do Estado ser limpa e positiva, apenas 6% da energia usada em São Paulo é de energia renovável.
Autor: Viviane Nunes