Hélio quer mudar traçado do TAV dentro de Campinas

A Prefeitura de Campinas sugeriu ontem aos técnicos do governo federal alterações no traçado do trem de alta velocidade (TAV) na chegada ao Aeroporto de Viracopos e na utilização da Estação Cultura, como forma de evitar a segmentação de bairros, aumentar a segurança e garantir a preservação de todo o pátio ferroviário central para a implantação de projeto imobiliário.

Uma das principais propostas é que o trem que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro chegue ao aeroporto por um túnel sob os bairros São Domingos e Campo Belo. Os cálculos ainda estão sendo feitos, mas a estimativa é de que esse túnel teria cerca de 6 quilômetros passando sob os bairros e embaixo da pista de Viracopos antes de acessar a atual malha do Corredor de Exportação que liga Campinas e Jundiaí ao Porto de Santos.

No estudo preparado pela consultoria britânica Halcrow e apresentado pelo governo em julho, a ferrovia terá quatro quilômetros de túnel, passando por baixo da Rodovia Santos Dumont e chegando, assim, à estação projetada para o aeroporto. Dali, ainda subterrâneo, cruzará o sítio aeroportuário entre a atual pista e a nova que será construída caso a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) consiga o licenciamento ambiental para a execução da obra.

O prefeito Hélio de Oliveira Santos Santos (PDT) se reuniu ontem com assessores da Casa Civil, da Agência Nacional de Transportes Terretres (ANTT) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dentro de uma série de encontros que esses técnicos estão realizando nas principais cidades por onde o trem irá passar.

Assim, a Prefeitura sugeriu que, na passagem pelo Jardim Florence, o trem circule em uma trincheira, para garantir a segurança do local, uma vez que o TAV seguirá junto da atual ferrovia. Naquele trecho, há muitas casas próximas aos trilhos. A Prefeitura também quer que sejam construídas transposições da ferrovia, com túnel ou viaduto.

Compensação ambiental
O prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) propôs ontem que a licença para a ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos esteja condicionada à criação de uma taxa ambiental de 0,5% sobre os contratos de concessão das futuras atividades aeroportuárias a ser destinada para um fundo municipal específico que deverá ser utilizado nas unidades de conservação e fomentar e subsidiar a manutenção da produção agrícola sustentável da região.

Autor: Agência Anhangüera de Notícias