Durante sua explanação, no Energy Summit 2009, Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) explicou que é importante a matriz energética brasileira ser diversificada.
Ao discorrer sobre as fontes de energia, enfatizou a importância da cana-de-açúcar na matriz energética, já que seu aproveitamento é de 100%. “É possível aumentar o uso da cana-de-açúcar sem destruir a Amazônia ou gerar a falta de alimentos, já que usamos pouco mais de 6% das áreas agriculturáveis, inclusive para a pecuária”, comentou.
Infelizmente, o licenciamento ambiental é mais fácil para empreendimentos térmicos do que hidráulicos, justificando o aumento de fontes de energias não renováveis nos próximos anos, principalmente termelétricas a óleo combustível.
Belo Monte – Como o Brasil pretende investir em energias limpas e renováveis, Belo Monte será de fundamental importância, especialmente para diminuir a emissão de gases poluentes. “O potencial de Belo Monte é o mesmo de 13 usinas térmicas a gás. A emissão de CO2 destas usinas mais que duplicaria as emissões do setor elétrico”, explicou.
Segundo Tolmasquim, o impacto na Amazônia não será tão grande, pois de toda a área, apenas 0,2% será destinada à construção desta hidrelétrica. “Houve reformulação do plano original. Uma usina hidrelétrica deve ser vista como fonte de desenvolvimento, afirmou.
Energia eólica – apesar de estar subaproveitáveis, terá seu primeiro leilão em novembro. Os Estados com maior potencialidade são Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Ceará.
Energia que vem do mar – Tolmasquim disse que a área da costa brasileira é chamada de Amazônia Azul, por causa do potencial energético. “A riqueza é semelhante a da Amazônia”.
Autor: Viviane Nunes