Eletrobras pretende comprar empresa no Peru

Para garantir sustentabilidade energética na América Latina, empresa investe em outros países

O presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz Lopes, durante entrevista coletiva dada no Energy Summit, informou que a empresa está em franca expansão, nacional e internacional.

Todos os projetos atuais da Eletrobras são para deixar a matriz energética brasileira o mais limpa possível. Neste contexto, o papel da CGTE está sendo reavaliado, pois foi criada para construir a Usina de Candiota. “Não podemos abandonar o carvão, mas é necessário se promover tecnologia para que esta geração seja limpa, acoplada a uma tecnologia em desenvolvimento para a captura e a estocagem do CO2”.

A empresa está reavaliando todos os seus investimentos, para aumentá-los, inclusive o orçamento de 2010 já está em revisão. Uma das exigências de Muniz é ter tratamento semelhante ao da Petrobras. “Estamos pleiteando isto junto ao governo, especialmente nossa participação no superávit primário. Temos condições de investir mais em projetos no Brasil, mas estamos limitados.

A Eletrobras pretende comprar uma companhia no Peru para expandir sua atuação e garantir a integração energética da América Latina. Para tanto será mais fácil fazer uma parceria ou adquirir uma empresa peruana. A Eletrobras quer participar de um leilão naquele país em novembro para fornecimento de energia interna. As usinas que serão adquiridas são hidrelétricas pequenas, com capacidade de produção de até 300 MW e está na região próximo à Costa do Pacífico. “Houve uma tentativa de fazer parceria com a Eletroperu, mas não deu certo”.

No orçamento de 2010 é necessário um teto maior para que possam ser realizados investimentos. “Pedimos autorização para captar até US$ 1 bilhão, com fundo próprio”, comentou.

Belo Monte – Muniz é categórico, ao afirmar que Belo Monte é um dos projetos mais importantes para o Brasil. O custo de Belo Monte é de US$ 11 bilhões, mas que dependem do câmbio. O potencial instalado é de 11.233 MW. O leilão está previsto para o final do ano.

O Xingu tem um regime de águas diferentes do restante dos rios brasileiros, já que ele aumenta enquanto os demais rios têm seu volume de águas diminuído. Isto faz com que jogue água nos demais reservatórios do Brasil, enquanto estes estão baixando. “Belo Monte vai dar sustentabilidade à matriz energética” finalizou.

Autor: Viviane Nunes