O vão livre de 150 m de extensão e 20 m de largura do Palácio do Governo, uma das edificações previstas no novo Centro Administrativo do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, tornou-se um desafio técnico para o Consórcio Camargo Corrêa, Mendes Júnior e Santa Bárbara, responsável pela obra. O projeto é assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e projeto estrutural do engenheiro José Carlos Sussekind, parceiro de obras recentes do mestre, como Centro Cívico de Curitiba e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói.
O edifício de concreto armado que abrigará o Palácio terá quatro pavimentos suspensos por 30 cabos de aço revestidos de concreto presos a um pórtico de concreto. Erguido com 4 mil m³ de concreto, o pórtico é formado por quatro colunas e a cobertura.
Para a sua construção, a Locguel, empresa do grupo Orguel, criou as fôrmas das vigas que servirão para suportar toda a carga do prédio onde haverá, posteriormente, o vão livre. A empresa percebeu que era preciso projetar fôrmas para a execução de 16 vigas “T” invertidas com mísulas a uma altura de 12 m do último piso da obra, tendo como apoio para trabalho apenas o escoramento tubular da própria viga.
Para solucionar o desafio, foram feitos grandes painéis de 3,15 m de comprimento por 3,75 m de altura, estruturados com perfis metálicos, para transporte horizontal e vertical através de gruas. Quanto à solução técnica das mísulas, foram adaptados os painéis em ângulo de 45° que foram acoplados aos grandes painéis, em conjunto único, solucionando-se assim o desafio.
O novo Centro Administrativo do Estado de Minas Gerais reunirá, em um mesmo espaço físico, todas as secretarias de Estado e seus órgãos vinculados. O empreendimento terá outras cinco edificações, além do Palácio do Governo: duas torres de 15 andares, um Prédio de Serviços, um Centro de Convivência com lojas e restaurantes e um auditório com capacidade para 540 pessoas.
Autor: PINIWeb