Concessão do trem-bala pode ter novas regras

Diferentemente do que ocorreu com outros leilões de concessão -como os de rodovias e de usinas hidroelétricas-, a disputa pelo direito de construir e operar o trem-bala que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas poderá ter como critério principal a proposta que exigir uma menor contrapartida de recursos públicos, não a menor tarifa cobrada do usuário final. O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, disse que, como a modelagem do leilão ainda não está fechada, pode ser que o governo abra mão de fixar uma tarifa máxima.

A ideia é que os preços deverão se acomodar naturalmente, tendo em vista que o futuro trem de alta velocidade vai enfrentar a concorrência de outros tipos de transportes. “Há opções como ônibus, carro particular e avião. Esse é um mercado em que a formação de preços não é muito viciada”, disse. Além disso, afirmou Figueiredo, o patamar de tarifa a ser fixado pelo futuro concessionário fará parte também do tipo de estratégia que ele vier a escolher. “Não sabemos se será pelo modelo das parcerias público-privadas (PPPs), mas a contrapartida deverá ser necessária”, disse.

Autor: DCI