A construção civil fechou o ano de 2008 com 197,9 mil contratações, crescimento de 10,67% em relação a 2007. O setor ficou atrás apenas do comércio, que gerou 382,9 mil novas vagas. Já a economia brasileira perdeu 654.946 postos de trabalho formal no mês de dezembro de 2008, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
O mercado de trabalho sofreu impactos mais fortes em dezembro por conta da desaceleração da produção industrial no final de 2008. O nível de emprego da construção civil caiu 4,55%, ou seja, redução de 82.432 postos em dezembro.
Entretanto, é importante lembrar que o período registra historicamente quedas nesses indicadores pela paralização nas obras por causa das chuvas. Os dados do Caged mostram que a indústria de transformação perdeu 273,1 mil postos de trabalho no mês passado, seguida pela agricultura (134 mil) e por serviços (117 mil).
A queda de 654.946 postos de trabalho formal corresponde a mais que o dobro da média histórica de dezembro,que geralmente registra o fechamento de 300 mil vagas no mês. O desempenho negativo foi considerado pelo órgão como consequência da piora brusca das condições do mercado de trabalho e da produção industrial. O ano de 2008 encerrou com um saldo de 1,4 milhão de empregos formais criados – foram contratados 16,6 milhões com carteira e demitidas 15,2 milhões de pessoas. O levantamento é o terceiro melhor do Ministério do Trabalho, ficando atrás apenas de 2004 e 2007.
Apesar do recuo, os segmentos fecharam 2008 com saldo positivo. O setor de serviços lidera o ranking na criação de empregos formais em 2008, com mais de 648 mil novos postos de trabalho no ano passado. A construção civil contratou 197,9 mil, ficando atrás apenas do comércio (382,9 mil vagas). Em 2007, o setor foi responsável por 176,7 mil vagas. A indústria de transformação foi responsável por absorver 178,7 mil trabalhadores e o setor agrícola por 18,2 mil.
Autor: PINIWeb